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A Unidade Local de Saúde (ULS) do Oeste, em parceria com a Associação Nacional das Farmácias (ANF), deu início a um projeto piloto que coloca as farmácias comunitárias na linha da frente da vigilância epidemiológica de vírus respiratórios. A apresentação formal às estruturas associativas do setor farmacêutico realizou-se a 22 de setembro, nas instalações da Unidade Hospitalar de Torres Vedras, mas o anúncio público só agora foi tornado oficial.
Estiveram presentes na sessão a presidente da ULS Oeste, Elsa Baião, a presidente da ANF, Ema Paulino, e o coordenador do Departamento de Saúde Pública e das Populações, Nuno Rodrigues, além de representantes de diversas farmácias da região. O objetivo passa por criar uma rede de monitorização mais ágil e representativa, capaz de capturar sinais precoces de atividade epidémica causada por agentes como a gripe ou o vírus sincicial respiratório.
A iniciativa, designada «Sistema Integrado de Vigilância Epidemiológica de Vírus Respiratórios», pretende otimizar a capacidade de resposta da saúde pública, mitigando o impacto de surtos sazonais na população e a consequente sobrecarga dos serviços. A inclusão das farmácias no circuito oficial de vigilância — um desvio em relação aos modelos tradicionais — permite alargar significativamente a base de recolha de dados, conferindo maior rapidez e abrangência geográfica ao processo.
A época de outono-inverno que agora se inicia servirá como teste ao funcionamento do sistema. O sucesso da empreitada dependerá criticamente do envolvimento operacional das farmácias, que assumem assim um papel inédito na deteção e notificação de casos suspeitos. A integração destes dados nos mecanismos existentes do Plano de Contingência Sazonal é vista como um passo relevante para a modernização da vigilância em saúde pública em Portugal.
A ULS Oeste, que entrou em funcionamento no início de 2024, reúne sob uma mesma administração o Centro Hospitalar do Oeste e os agrupamentos de centros de saúde Oeste Norte e Oeste Sul, abrangendo municípios como Caldas da Rainha, Torres Vedras, Peniche e Lourinhã. A sua missão assenta na prestação de cuidados integrados, multidisciplinares e técnica e eticamente sustentados.
PR/HN



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