ROI UP Group: Estudo revela riscos reputacionais para empresas farmacêuticas face à nova era digital

6 de Outubro 2025

O ROI UP Group, agência internacional MarTech sediada em Lisboa, lançou o “III Observatório Pharma de Redes Sociais 2025”, que analisa o impacto da Inteligência Artificial (IA) na reputação digital das principais empresas farmacêuticas em Portugal. 

Este estudo centra-se na avaliação da Pegada Digital e da Pegada Digital Generativa, refletindo a presença e posicionamento das empresas nas ferramentas de IA, como ChatGPT e Gemini, bem como nas redes sociais locais e canais digitais.

A análise abrange nove empresas destacadas no ranking Merco de reputação: Bial, Pfizer, AstraZeneca, Novartis, Hovione, AbbVie, Bayer, Novo Nordisk e Solvay. O estudo revela que, apesar da forte reputação, cinco destas empresas enfrentam risco reputacional devido a uma presença digital insuficiente ou mal trabalhada, sobretudo no contexto da comunicação GEO Friendly (otimização para motores generativos de IA). Solvay e Novo Nordisk apresentam as situações mais críticas, com pontuações abaixo de 3 na Pegada Digital Generativa, enquanto Pfizer, AbbVie e Bayer possuem médias inferiores a 4, necessitando de melhorias urgentes.

A presença local nas redes sociais é um dos principais pontos fracos, especialmente no que respeita a plataformas altamente indexadas pelas IA como LinkedIn, X e TikTok. Por exemplo, a Solvay não dispõe de canais locais em X ou TikTok e enfrenta problemas de desinformação nas GEO Key Messages, incluindo informações falsas sobre instalações em Portugal, além de imagens negativas associadas a despedimentos e encerramentos.

O estudo destaca ainda que poucas empresas conseguem posicionar o seu site e redes sociais como fontes oficiais nas ferramentas de IA, o que as expõe a narrativas negativas relacionadas com incidentes em ensaios clínicos, efeitos secundários dos produtos ou desafios corporativos recentes. Uma estratégia eficaz para controlar esta narrativa passa pela criação de parcerias com meios de comunicação locais de elevada autoridade em IA, prática já adotada pela Novartis.

Em termos de conteúdos audiovisuais, particularmente vídeos curtos, as empresas farmacêuticas portuguesas continuam a desaproveitar oportunidades importantes. Apenas Bial, AstraZeneca e Hovione produzem vídeos curtos locais nas plataformas META, que são as mais eficazes para indexação no Google. A presença no TikTok é praticamente inexistente, apesar de algumas empresas globais do setor apresentarem conteúdos de referência com formatos educativos e informativos.

Este Observatório reforça a necessidade das empresas farmacêuticas portuguesas adaptarem as suas estratégias digitais às exigências do novo paradigma comunicacional, onde a Inteligência Artificial desempenha um papel central na construção e manutenção da reputação corporativa.

NR/PR/HN

0 Comments

Submit a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

ÚLTIMAS

Bolsas Mais Valor em Saúde distinguem quatro projetos inovadores no SNS

Gilead Sciences, em parceria com a Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH), a Exigo e a Vision for Value, anunciou os vencedores da 4ª edição das Bolsas Mais Valor em Saúde – Vidas que Valem, iniciativa que distingue projetos inovadores no Serviço Nacional de Saúde (SNS) focados na metodologia Value-Based Healthcare (VBHC). 

Dia Mundial da DPOC: Uma Doença Prevenível que Ainda Mata

No dia 19 de novembro assinala-se o Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), uma condição respiratória crónica que, apesar de ser prevenível e tratável, continua a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade a nível global.

Patrícia Costa Reis: “Precisamos de diagnosticar mais cedo a XLH”

Numa entrevista exclusiva ao HealthNews, Patrícia Costa Reis, gastroenterologista pediátrica, investigadora e professora na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa – Hospital de Santa Maria -, esclarece os mecanismos e impactos da XLH (hipofosfatemia ligada ao cromossoma X). Esta doença genética rara provoca perdas de fósforo, originando raquitismo, deformidades ósseas, dor crónica e fadiga. A especialista destaca a importância do diagnóstico precoce, o papel crucial das equipas multidisciplinares e a mudança de paradigma no tratamento com a introdução de terapêuticas dirigidas.

MAIS LIDAS

Share This
Verified by MonsterInsights