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Perante um panorama onde as perturbações cerebrais afetam cerca de 40% da população europeia anualmente, a Angelini Pharma Portugal vem a público sublinhar a premência de elevar a Saúde do Cérebro a prioridade na agenda de saúde pública. A empresa, que opera no país há mais de cinco décadas, assinala as efemérides de outubro – o Dia Europeu da Depressão a 1 de outubro e o Dia Mundial da Saúde Mental a 10 de outubro – para defender uma mudança de paradigma.
Nuno Brás, responsável máximo da farmacêutica em Portugal, não se limita a apontar estatísticas. “Estas efemérides recordam-nos que é preciso passar da consciencialização à ação”, afirma, referindo-se a iniciativas como a campanha ‘Viva! Para lá da depressão’, lançada em 2021. O objetivo, explica, é combater o estigma através de uma abordagem positiva, promovendo a literacia em saúde mental. “Acreditamos que investir em saúde cerebral não é um custo, mas um investimento com um retorno incalculável no bem-estar das pessoas e na saúde da própria sociedade”, acrescenta.
O impacto económico não é marginal. Dados da Organização Mundial de Saúde indicam que a depressão e a ansiedade, por si sós, geram perdas anuais de cerca de um bilião de dólares em produtividade a nível global. É neste contexto que a empresa tem vindo a reposicionar a sua missão, adoptando uma visão holística que engloba tanto a saúde mental como doenças neurológicas, com destaque para a epilepsia.
A estratégia local insere-se num movimento mais amplo, materializado em projetos como a plataforma Headway. Desenvolvida em parceria com a consultora The European House – Ambrosetti desde 2017, esta iniciativa procura traçar um roteiro para políticas europeias na área. Um dos seus relatórios mais recentes, focado na epilepsia, concluiu que por cada euro aplicado em acesso a tratamentos e prevenção, o retorno social e económico pode chegar aos 1,90 euros.
No terreno, a ambição traduz-se em explorar vias menos convencionais. Nuno Brás revela que a empresa está a investigar a aplicação de Inteligência Artificial para detetar precocemente relações clínicas complexas, como a que existe entre depressão e epilepsia. “O nosso objetivo é ajudar a criar uma cultura onde cuidar do cérebro seja tão natural como cuidar do resto do corpo”, observa, sem esconder o longo caminho a percorrer.
O compromisso global da Angelini Pharma reflecte-se ainda na aquisição da Arvelle Therapeutics e no contínuo investimento em investigação e desenvolvimento, numa tentativa de renovar o seu pipeline de soluções terapêuticas. O legado de meio século serve-lhe de alicerce, mas o presente exige, segundo a empresa, respostas mais ágeis e integradas para milhões de doentes e famílias.
PR/HN



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