Nova Infeção por Gripe das Aves em Aves de Cativeiro e Selvagens em Benavente, Cascais e Aveiro

9 de Outubro 2025

A DGAV confirmou três novos focos de gripe aviária em Benavente, Cascais e Aveiro, elevando para 27 o total de infeções registadas este ano. Um dos casos ocorreu numa coleção de aves em cativeiro, alertando as autoridades para os riscos de contacto entre animais domésticos e selvagens.

A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) veio a público confirmar a existência de três novos focos de gripe das aves, desta feita nos municípios de Benavente, Cascais e Aveiro. Com estes casos, sobe para 27 o número total de infeções reportadas em território nacional desde o primeiro dia de janeiro de 2025.

Em Benavente, no distrito de Santarém, as análises laboratoriais detetaram a presença do vírus numa clássica situação de aves mantidas em cativeiro. A propriedade privada albergava uma miscelânea de espécies, desde galos e pavões até grous, patos-reais e os ornamentais patos pompom, todos eles afetados. Já a confirmação no concelho de Cascais desenhou um cenário diferente, traçado pela via da vida selvagem: o agente patogénico foi identificado numa gaivota-de-asa-escura encontrada na área. Na mesma senda, em Aveiro, foi uma garça-branca-pequena que deu positivo para o vírus da influenza aviária, sublinhando o papel das aves selvagens na disseminação geográfica do problema.

A DGAV, num comunicado que mais parece um disco riscado face à recorrência do assunto, insiste na necessidade de uma vigilância apertada. O apelo é dirigido, sobretudo, a quem possui aves, sejam criadores comerciais ou simples particulares com um galinheiro no quintal. A mensagem central repousa no cumprimento estrito das regras de biossegurança, um jargão técnico que se traduz, na prática, em impedir qualquer contacto direto ou indireto entre as aves domésticas e as suas congéneres selvagens, estas últimas potencialmente portadoras do vírus. A verdade é que, apesar de a transmissão aos humanos ser um evento raro e pontual a nível global, quando acontece pode desembocar em complicações de saúde severas, um risco que as autoridades não podem ignorar.

Perante uma suspeita, seja num animal de criação ou numa ave selvagem encontrada morta ou com comportamento errático, a instrução mantém-se inalterada: notificar de imediato os serviços veterinários oficiais. A DGAV, um serviço da administração direta do Estado, funciona como o ponto central de receção destes alertas, coordenando a investigação e as medidas de contenção que se seguem. O documento completo com o anúncio oficial está disponível para consulta no portal da direção-geral.

NR/HN/Lusa

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