O parto de emergência que ocorreu na passada terça-feira à entrada do Hospital de Sintra, assistido por uma agente da PSP, foi descrito pela Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra como um “caso exemplar” de resposta no âmbito do Serviço Nacional de Saúde. O episódio, que poderia ter contornos dramáticos, culminou com o bem-estar da mãe e do bebé, após uma sequência de ações concertadas entre polícias e equipas médicas.

De acordo com o Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, os factos sucederam-se pelas 11:10 de terça-feira, quando um veículo se aproximou de uma viatura policial junto ao hospital, no Algueirão-Mem Martins, em busca de ajuda imediata. Uma agente prestou então assistência ao parto, que se concretizou na via pública antes da chegada dos profissionais de saúde ao local.

A ULS Amadora-Sintra veio a público esclarecer que a grávida, residente em Sintra e com 39 semanas de gestação, seguia com o marido para uma consulta programada no Hospital de São Francisco Xavier, em Lisboa. Perante o início súbito do trabalho de parto durante a deslocação, o casal decidiu alterar o rumo e dirigir-se ao Hospital de Sintra, apesar de esta unidade não dispor do serviço de obstetrícia.

Já nas imediações do hospital, o processo de parto acelerou de forma irreversível dentro do automóvel. Foi então que a agente da PSP, perante a evidência, acionou de imediato os profissionais da urgência básica. Contudo, quando a equipa de enfermagem chegou, o nascimento já tinha ocorrido dentro da viatura. A intervenção dos profissionais do hospital seguiu-se com prontidão, assegurando os primeiros cuidados ao recém-nascido.

A parturiente foi encaminhada para a sala de reanimação da urgência, onde o trabalho de parto foi concluído com toda a segurança, na presença do marido. Seguiu depois transferida para a maternidade do Hospital Fernando Fonseca. As avaliações médicas confirmaram que tanto a mãe como o bebé se encontravam em bom estado de saúde, tendo recebido alta clínica na quinta-feira.

Entretanto, a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, reagiu ao caso esta manhã, à margem de um evento sobre saúde mental no Centro Cultural de Belém. A governante afirmou não ter tido conhecimento prévio do sucedido e manifestou o desejo de obter informações junto da direção clínica da ULS Amadora-Sintra. “Espero que o bebé esteja bem, espero que a mamã esteja bem. E espero que a ULS Amadora-Sintra possa, através do seu diretor clínico, prestar alguma informação sobre exatamente o que se passou”, declarou.

NR/HN/Lusa