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Um grupo de enfermeiros especialistas da Unidade Local de Saúde do Nordeste manifestou-se esta terça-feira às portas do hospital de Bragança. O protesto centra-se na não transição de carreira e na consequente falta de remuneração adequada à sua categoria, uma situação que se arrasta desde 2019 e que, segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, afeta cerca de 40 profissionais naquela unidade.
Em declarações à Lusa, Elisabete Barreira, dirigente sindical, explicou que estes enfermeiros possuem o título de especialista, atribuído pela Ordem, mas o mesmo não foi considerado para efeitos de progressão na carreira. “Pagaram a sua formação para prestar melhores cuidados, cuidados especializados, que neste momento prestam, e não são remunerados por tal”, afirmou, sublinhando o prejuízo financeiro e profissional. A dirigente criticou o que considera ser uma “má vontade política” para resolver a questão, apesar de múltiplas reuniões com a administração que, garante, não produziram qualquer alteração prática.
Barreira deu como exemplo uma enfermeira com especialidade em pediatria que, não obstante a falta de reconhecimento formal pela ULS, exerce as suas funções no bloco operatório a realizar cirurgias pediátricas. O sindicato alega ainda ter conhecimento de que outras unidades locais de saúde resolveram internamente este mesmo problema, o que torna a situação no Nordeste mais incompreensível para os profissionais. A Lusa tentou obter uma resposta da administração da ULS do Nordeste, que, até ao momento, não se pronunciou sobre o assunto.
NR/HN/Lusa



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