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Um projeto do Judo Clube da Marinha Grande colocou a mira na obesidade que afeta jovens entre os 12 e os 17 anos. A ambição do “DAR’te & MOVE’te” passa por envolver 220 adolescentes do concelho, num esforço de três anos que arrancou em setembro com as primeiras avaliações. A meta traçada é que, pelo menos, metade desses participantes revelem progressos mensuráveis, não apenas na balança mas sobretudo na adoção de rotinas mais saudáveis.
Margarida Pedroso, coordenadora da iniciativa, sublinha que a ideia não é nova. Já andava no ar, germinada a partir de uma sugestão concreta da enfermeira Ana Laura Baridó, coordenadora da Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC), entidade parceira no projeto. “A UCC já tinha um projeto parecido, mas não com esta envergadura”, confessa Margarida Pedroso, demarcando a escala inédita da intervenção agora em curso.
O plano não se circunscreve ao exercício físico. A nutrição, a psicologia e até o teatro compõem este mosaico de respostas. A abordagem estende-se aos pais, peça considerada fundamental neste puzzle. “Estamos a falar de jovens que, normalmente, não fazem a alimentação deles”, justifica a coordenadora, apontando para a necessidade de alterar dinâmicas familiares. A ideia, garante, não é ministrar aulas formais. O objetivo desenha-se antes através de jogos e atividades a desenvolver diretamente nas escolas, tornando a mensagem mais palatável.
Do lado do Judo Clube, assume-se a responsabilidade pela vertente desportiva, que inclui a modalidade de judo e a preparação física, com a instalação de ginásios. O projeto, que representa um investimento global de 217 mil euros, conta com um financiamento de 80% através do programa Inovação Social. Os restantes 20% repartem-se pelo Município da Marinha Grande e por empresas locais que abraçaram a causa. O clube defende que este modelo de parceria entre setores prova a viabilidade do investimento social como alavanca para uma transformação concreta na comunidade.
NR/HN/Lusa



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