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O período para integrar o estudo TRANSfORM, uma iniciativa pioneira no país destinada a traçar um retrato pormenorizado da utilização de corticosteroides por pessoas com Lúpus Eritematoso Sistémico (LES), está prestes a encerrar. A chamada de atenção é lançada pela Associação de Doentes com Lúpus, que procura mobilizar os potenciais inquiridos numa fase decisiva da recolha de dados.
A investigação, que conta com a colaboração da AstraZeneca, do ICBAS – Universidade do Porto, da Universidade da Beira Interior, do Centro de Estudo e Avaliação em Saúde (CEFAR/ANF) e da própria associação de doentes, ambiciona compreender com maior profundidade a realidade clínica e sociodemográfica desta população. O cerne do trabalho passa por estabelecer um paralelo entre o consumo efetivo de corticosteroides e os protocolos de tratamento atualmente em vigor.
A adesão ao processo resume-se ao preenchimento de um único questionário, cuja execução demanda cerca de um quarto de hora. O documento aborda aspetos que vão desde a medicação específica para o LES e o tipo de acompanhamento médico até ao impacto da patologia na produtividade no emprego. Todas as informações compiladas são confidenciais e de uso restrito ao âmbito do TRANSfORM.
Podem participar no estudo todos os adultos, maiores de 18 anos, com diagnóstico estabelecido de Lúpus Eritematoso Sistémico e que prestem o seu consentimento informado. O recrutamento decorre até ao fim de outubro, devendo os interessados deslocar-se a uma das farmácias comunitárias aderentes. É igualmente possível contactar previamente para agendar uma hora. A lista de farmácias participantes, sujeita a atualizações semanais, está disponível para consulta [neste link](Farmácias estudo Transform – Google Drive).
“Estamos na reta final da fase de inscrições e cada participação conta”, afirmou Rita Mendes, presidente da Associação de Doentes com Lúpus. A dirigente apela a que todos os diagnosticados com a doença se associem a este esforço coletivo, sublinhando que a contribuição individual é um pilar para se melhorar o conhecimento sobre o LES em Portugal e, consequentemente, para se avançar em áreas como o diagnóstico e o acompanhamento.
O Lúpus Eritematoso Sistémico é uma condição crónica que se estima afetar cerca de 0,1% dos portugueses. A sua natureza imprevisível, com fases de exacerbação e remissão, condiciona de forma significativa o dia a dia das pessoas. A terapêutica com corticosteroides a longo prazo, comum em grande parte dos doentes, traz consigo um risco considerável de reações adversas graves, daí a pertinência de compilar dados reais sobre os padrões de utilização destes fármacos.
PR/HN



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