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A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) confirmou a presença de um foco de gripe aviária numa gaivota-de-patas-amarelas no Funchal. A deteção ocorreu esta segunda-feira na freguesia da Sé, ampliando para 28 o número de ocorrências registadas no território nacional desde o início do ano.
O caso madeirense surge na sequência de outros identificados recentemente em Benavente, Cascais e Aveiro, pintando um mapa de contaminações que preocupa o setor. A confirmação em aves selvagens, como esta gaivota, funciona como um termómetro silvestre para a circulação do vírus, pressionando as explorações avícolas a redobrarem a cautela.
A DGAV já veio a terreiro reforçar o apelo aos criadores, insistindo na estrita aplicação das regras de biossegurança. O cerne da questão, sublinham, está em impedir o contacto direto ou indireto entre aves domésticas e as suas congéneres selvagens, um canal de transmissão difícil de controlar. A somar a isto, a vigilância passiva – que depende da comunicação rápida de qualquer sintoma ou mortalidade anómala – é apontada como crítica para travar possíveis cadeias de infeção.
Embora a estirpe detetada não conste como de risco elevado para a saúde pública, a história recente lembra que a transmissão a seres humanos, sendo rara, pode ter consequências clínicas severas. São casos pontuais, é certo, mas que justificam a manutenção de um cordão sanitário apertado. A DGAV, enquanto serviço central do Estado, mantém a monitorização da situação, pedindo que qualquer suspeita lhe seja comunicada de imediato.
NR/HN/Lusa



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