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O implante, composto por 256 microeletrodos, capta sinais da área do cérebro responsável pelo planeamento e execução dos movimentos de agarrar e segurar objetos. O paciente, Michael Mehringer, de 25 anos, ficou tetraplégico na sequência de um grave acidente de mota aos 16 anos, tendo estado hospitalizado durante 14 meses, incluindo um período de coma.
A cirurgia decorreu durante mais de cinco horas e o dispositivo permite que o paciente controle, através do pensamento, um telemóvel e um braço robótico. Após a intervenção, iniciou-se uma fase de investigação em que o paciente e a equipa científica se reúnem duas vezes por semana para ligar um computador ao implante, extrair a atividade neural e treinar algoritmos de inteligência artificial. Estes algoritmos associam padrões específicos de atividade cerebral aos movimentos que Michael pretende realizar, ajudando-o a aprender a controlar o braço robótico, por exemplo, ao mexer num rato de computador e clicar num botão.
Este avanço tecnológico visa restaurar a independência e melhorar a qualidade de vida de pacientes tetraplégicos, possibilitando-lhes realizar tarefas quotidianas de forma autónoma. A implementação deste tipo de interface cérebro-computador em doentes com tetraplegia representa um marco na neurotecnologia translacional na Europa
lusa/HN



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