A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) realiza a 18 de outubro de 2025, na Escola de Medicina da Universidade do Minho, em Braga, o X Encontro de Unidades de Dor. A iniciativa, que assinala o Dia Nacional de Luta contra a Dor, elegeu como mote “Educar para Prevenir. Cuidar para Tratar.”, sublinhando o peso da educação e da literacia em saúde no combate a uma condição que, quando persistente, se transforma numa das principais fontes de incapacidade a nível global.

Filipe Antunes, presidente da APED, enfatizou a complexidade inerente ao fenómeno da dor. “Lutar e combater a Dor é um enorme desafio, porque é individual, subjetiva e não reprodutível. A Dor toca-nos a nós enquanto seres humanos, mas também enquanto prestadores de cuidados de saúde. Só todos juntos, a trabalhar em equipas multidisciplinares, somos mais fortes em cuidar dos outros”, afirmou. A mensagem reforça a necessidade de uma abordagem coletiva e especializada, capaz de responder a um problema que ultrapassa a mera dimensão física.

O programa do encontro integra temas como “Dor e o Cérebro” e “Dor e Inflamação”, além de uma sessão plenária dedicada aos Eixos estratégicos da Direção-Geral da Saúde para o Programa Nacional de Dor. Paralelamente, a APED tem vindo a consolidar o seu papel formativo através de iniciativas como o programa “Descomplicar a Dor”, o “Movimento Para o Futuro” e a APED Pain Academy, espaços que visam tornar o conhecimento acessível a profissionais, doentes e cidadãos.

“No Dia Nacional de Luta contra a Dor, é tão importante falar da necessidade de tratar, como da urgência de Compreender, Educar, Prevenir e Agir”, acrescentou Filipe Antunes, lembrando que estes passos são fundamentais para reduzir a incidência da dor no futuro. A aposta na prevenção e no empoderamento das pessoas surge assim como eixo central da estratégia da associação, que procura desmistificar a dor e promover intervenções mais precoces e informadas.

A APED tem como missão promover o estudo, o ensino e a divulgação de mecanismos relacionados com a dor, seguindo as orientações da International Association for the Study of Pain e da Organização Mundial de Saúde.

PR/HN