![]()
O Ministério da Saúde confirmou esta segunda-feira, em comunicado à agência Lusa, a nomeação de Bárbara Flor de Lima para o lugar de diretora do Programa Nacional para as Infeções Sexualmente Transmissíveis (IST) e VIH/Sida. A vaga persistia desde setembro de 2022, altura em que a médica que então dirigia o programa, Margarida Tavares, se mudou para o gabinete da Secretária de Estado da Promoção da Saúde, sob a tutela do ministro Manuel Pizarro.
Flor de Lima, que se tem desdobrado entre funções clínicas e de gestão, exercia desde 2017 as funções de assistente hospitalar de Infeciologia no Hospital Fernando Fonseca. O seu percurso naquela unidade hospitalar é marcado por uma sucessão de responsabilidades, o que pinta o retrato de uma profissional com um trânsito natural entre a prática médica e a coordenação. Integrou o Grupo de Coordenação Local do Programa de Prevenção e Controlo das Infeções e da Resistência aos Antimicrobianos, um lugar que aliás veio a coordenar entre 2021 e 2023.
Nesse mesmo período, a sua assinatura aparecia também noutras frentes sensíveis daquela unidade de saúde, como a Comissão de Qualidade e Segurança do Doente ou mesmo a Equipa de Prevenção e Controlo de Legionella. Um curto, mas intenso, interregno como diretora clínica do Hospital Fernando Fonseca, entre julho de 2023 e março do ano seguinte, conferiu-lhe ainda uma visão abrangente da máquina hospitalar, presidindo então à Comissão de Farmácia e Terapêutica.
A Ordem dos Médicos atesta-lhe competências especializadas em duas áreas que tocam, ainda que por vias distintas, a patologia que agora vai coordenar a nível nacional: a Medicina do Viajante e, mais recentemente, o Controlo de Infeção e Resistência aos Antibióticos.
Na Direção-Geral da Saúde, a nova diretora herda um programa com contornos bem definidos e desafios que se mantêm prementes. A sua incumbência passará por dar continuidade a uma estratégia que tem como pilares o acesso universal à prevenção e a um diagnóstico precoce. Combater o estigma que ainda rodeia estas doenças e fomentar a participação ativa da sociedade civil, em particular das pessoas que vivem com VIH e das comunidades mais expostas, constam igualmente do desígnio sanitário que agora assume. O caminho, sabe-se, não será curto.
NR/HN/Lusa



0 Comments