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O Instituto Universitário Atlântica sedia esta quarta-feira, 22 de outubro, uma Feira de Realidade Virtual dedicada ao setor da Educação. O evento pretende alargar o debate em torno da RV, encarando-a não como um mero instrumento tecnológico, mas como uma potencial alavanca para uma aprendizagem mais inclusiva. A manhã será preenchida com um painel de discussão que reúne vários especialistas e com uma componente prática que permitirá aos cerca de 50 alunos do ensino secundário esperados experimentarem cenários imersivos.
A iniciativa não surge isolada. Está integrada no projeto VR4 InclusiveVET, um consórcio europeu que envolve sete parceiros de cinco países, incluindo Portugal. O projeto dedica-se precisamente a desvendar o potencial das novas tecnologias, com particular foco na realidade virtual, desenvolvendo ambientes e ferramentas virtualizadas adaptadas às áreas de conhecimento das entidades envolvidas. A feira funciona, assim, como um ponto de encontro entre a comunidade académica e profissionais do setor.
No capítulo das intervenções, o painel de oradores inclui Nuno Sousa, vice-coordenador de desenvolvimento e especialista em Realidade Estendida no Instituto CCG/ZGDV, que leva para a discussão uma experiência de mais de uma década e meia neste domínio. A ele junta-se Rui Pascoal, professor e investigador no ISCTE-IUL, para uma abordagem ao papel concreto da RV e da Realidade Aumentada na construção de ambientes de aprendizagem interativos e personalizados. Celestino Magalhães, professor adjunto no Instituto Piaget, trará para a mesa a discussão sobre o uso criativo do vídeo e das ferramentas digitais na promoção de uma aprendizagem ativa. A moderação estará a cargo de Patrícia Pinheiro, doutoranda na Atlântica que contribuiu ativamente para o desenvolvimento da aplicação de realidade virtual do projeto.
Enquanto os debates decorrem, os participantes terão acesso a cinco cenários distintos de Realidade Virtual. A proposta é puramente sensorial: permite, por exemplo, simular a entrada num hub de aviação, intervir no processo mecânico de montagem de um motor de automóvel ou executar procedimentos seguros de trabalho com viaturas híbridas e elétricas. São experiências que, de outro modo, seriam logística ou financeiramente proibitivas.
Susana Rodrigues, gestora de projetos da Atlântica, sublinha a dimensão transformadora da tecnologia. “Acreditamos que a Realidade Virtual pode alterar profundamente a forma como os alunos aprendem, criando experiências imersivas que tornam os conteúdos mais acessíveis e inclusivos. Esta feira não é uma mera demonstração tecnológica. É uma oportunidade para os alunos explorarem competências com impacto no seu futuro, aproximando-se de cenários reais que os preparam melhor para os desafios do mercado de trabalho”, afirmou.
A feira decorre nas instalações da Atlântica, no complexo histórico da Fábrica da Pólvora de Barcarena, em Oeiras. Mais informações sobre a instituição e os seus projetos estão disponíveis no portal oficial: https://www.uatlantica.pt/.
PR/HN



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