“Viemos hoje aqui, eu e a senhora secretária [da Saúde], apresentar o resultado de um compromisso. Ao longo deste ano, e até agora, já foram pagos aos fornecedores da saúde regionais mais de 250 milhões de euros, dos quais cerca de 200 eram pagamentos em atraso”, afirmou Duarte Freitas, acompanhado pela secretária regional da Saúde, Mónica Seidi, após uma reunião com a Câmara do Comércio e Indústria de Ponta Delgada.

Desta forma, reforçou, “ao fim de muitos anos”, os fornecedores da saúde regionais estão “com os pagamentos atualizados”.

O secretário regional recordou que estavam em causa dívidas das unidades de saúde de ilha e dos três hospitais da região, notando que existiam pagamentos em atraso desde 2012.

Duarte Freitas salientou, também, o papel do Governo da República, liderado pelo PSD, na regularização dos pagamentos, devido à autorização de transformação de dívida comercial em financeira.

“Esses 200 milhões de pagamentos em atraso que foram recuperados já podiam ter sido em 2024 ou 2023 se os 75 milhões de euros que desde 2022 estavam previstos no Orçamento do Estado tivesse tido os despachos consequentes”, salientou, aludindo à atuação do Governo da República liderado pelo PS.

Apesar do “esforço” financeiro, a regularização dos pagamentos não vai afetar o rácio da dívida pública dos Açores que vai continuar abaixo dos 60% do Produto Interno Bruto, garantiu o secretário regional, que prometeu “fazer tudo” para manter os pagamentos entre 60 e 90 dias.

“Estes pagamentos são feitos a 60 ou 90 dias. É esse o objetivo para o próximo futuro, que vai exigir da parte das Finanças e dos serviços da Saúde um esforço para que não atinjamos circunstâncias como aquelas que aconteceram no passado”, reconheceu.

Em maio, o secretário das Finanças revelou à agência Lusa que o Governo dos Açores se preparava para pagar todas as dívidas a fornecedores na área da saúde, estimando um valor entre 150 a 200 milhões de euros.

Posteriormente, em julho, o Governo Regional assegurou que iria pagar, “até ao final daquele mês, as dívidas a fornecedores na área da saúde.

lusa/HN