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O número exato de utentes em lista de espera era de 974.770, representando um aumento de 25,6% face ao período homólogo de 2024. Mais da metade destes pacientes, 56,6%, ultrapassava já os tempos máximos de resposta garantidos (TMRG), o que evidencia a pressão crescente sobre o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
No mesmo período, foram realizadas 724.224 primeiras consultas de especialidade hospitalar, das quais 94,1% decorreram em hospitais públicos. Este valor traduz um crescimento de 2,5% em comparação com o primeiro semestre de 2024. No entanto, mais de metade dos utentes atendidos (51,6%) enfrentaram tempos de espera superiores aos limites estabelecidos para a sua prioridade, situação que se manteve estável face ao ano anterior.
No âmbito oncológico, entre janeiro e junho de 2025, registaram-se 19.014 primeiras consultas com suspeita ou confirmação de doença oncológica nos hospitais públicos, um aumento de 6,9% relativamente ao período equivalente de 2024. Apesar da redução de 30,8% no número de utentes em lista de espera (4.944 no semestre), 57,9% dos pacientes atendidos sofreram atrasos superiores ao limite legalmente definido para o seu nível de prioridade.
A cardiologia apresentou um aumento notável da atividade, com 23.618 primeiras consultas realizadas quase exclusivamente no SNS, o que representa um crescimento de 75,8% face ao primeiro semestre do ano anterior. Contudo, esta área registou um agravamento nos tempos de espera, com 87,4% dos doentes sujeitos a atrasos superiores ao limite legal, um aumento de 1,9 pontos percentuais relativamente a 2024.
Em suma, os dados da ERS evidenciam uma crescente pressão sobre os hospitais públicos portugueses, com um aumento considerável nas listas de espera e percentagens elevadas de incumprimento dos tempos máximos de resposta, sobretudo nas especialidades de oncologia e cardiologia.
lusa/HN



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