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Deste total, 7.468 pacientes aguardavam nos hospitais públicos, que registaram um aumento de 4,7% na lista de espera em comparação com o mesmo período de 2024.
Apesar deste crescimento, verificou-se uma ligeira melhoria na gestão dos tempos máximos de resposta garantidos (TMRG), com 16,3% dos doentes a ultrapassarem estes prazos, representando uma redução de 0,4 pontos percentuais face a 2024. Durante o primeiro semestre de 2025, foram realizadas 37.195 cirurgias oncológicas, das quais 92,6% decorreram em unidades públicas, correspondendo a um aumento de 6,9% da atividade cirúrgica global nesta área.
Este crescimento da atividade cirúrgica nos hospitais públicos é atribuído, em parte, ao regime excecional de incentivos implementado para reduzir as listas de espera de utentes com suspeita ou confirmação de cancro que ultrapassam os TMRG. No entanto, 19,5% dos utentes submetidos a cirurgias oncológicas no SNS no primeiro semestre enfrentaram tempos de espera superiores aos limites legais estabelecidos para o seu nível de prioridade.
No que diz respeito às restantes cirurgias — excluindo as oncológicas e cardíacas —, a ERS indicou que, a 30 de junho de 2025, havia 200.307 pessoas em lista de espera, das quais 96% aguardavam nos hospitais do setor público. Comparativamente a 2024, registou-se uma redução de 2,8% no número total de utentes em espera, justificada pela diminuição nas listas de espera dos hospitais públicos e protocolados.
Durante o primeiro semestre, foram realizadas 334.339 cirurgias de várias especialidades, sendo 91,4% realizadas no SNS. A utilização dos vales-cirurgia e notas de transferência emitidos pelo Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC) foi de 18,6%, valor inferior ao registado no ano anterior, possivelmente devido à preferência dos utentes por permanecer no hospital de origem.
Na área da cardiologia, foram efetuadas 4.904 cirurgias programadas no SNS, com 32,7% dos doentes a ultrapassarem os tempos máximos de espera. A 30 de junho, 2.437 utentes aguardavam cirurgia cardiológica, dos quais 56,9% tinham tempos de espera superiores ao limite legal.
Estes dados evidenciam uma pressão contínua sobre o SNS no que respeita à gestão das listas de espera cirúrgicas, sobretudo nas áreas oncológica e cardiológica, apesar dos esforços para incrementar a atividade cirúrgica e reduzir os tempos de espera
lusa/HN



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