José Luís Carneiro denuncia “falhanço completo” do Governo na área da saúde

25 de Outubro 2025

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, afirmou na sexta-feira que o Governo tem sido "um falhanço completo" na saúde, e apontou como exemplos mais recentes as sucessivas substituições na liderança do INEM e a criação das urgências regionais.

Em declarações aos jornalistas em Braga, à margem de uma sessão como militantes para discutir o Orçamento do Estado para 2026, Carneiro aludiu ainda ao aumento das listas de espera para cirurgias oncológicas e ao “caos” nas urgências na península de Setúbal e na grande Lisboa.

 “A saúde é um falhanço completo”, vincou.

 A ministra da saúde anunciou hoje a criação de urgências regionais, uma medida que, para o líder do PS, é “reconhecimento do falhanço do plano do Governo” apresentado há um ano e meio.

“Falhou na sua totalidade, falhou a ministra, falharam os responsáveis que assumiram esses compromissos. Como se vê, nós quando propusemos ao Governo uma proposta para a gestão da emergência hospitalar, tínhamos razão, porque o Governo falhou e a prova de que falhou é que já vai para o quarto presidente do Instituto Nacional da Emergência Médica”, criticou José Luís Carneiro.

O secretário-geral do PS lembrou que estava em curso uma reforma com a estrutura executiva do SNS, com Fernando Araújo como responsável, e que “a primeira coisa” que o atual Governo fez foi “decapitar essa estrutura”.

“Com isso, o que é que alcançou? A instabilidade e a incompetência, a incapacidade para responder às necessidades das pessoas”, referiu.

Quanto à proposta de Orçamento do Estado para 2026, Carneiro disse que “não é credível”, considerando que suborçamenta despesas e empola previsão de receitas.

Lembrou ainda que o Governo se propõe alienar património público em Lisboa e no Porto para arrecadar receitas, o que diz ser “um mau sinal”.

Para José Luís Carneiro, trata-se de “deixar já ir os dedos com os anéis”.

Mesmo assim, o PS vai abster-se na votação do Orçamento, para o Governo não ter desculpas para não cumprir aquilo com que se comprometeu com os portugueses.

“O Governo não se vai poder escudar no voto do PS para se desculpar”, vincou.

lusa/HN

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