Mariana Nunes (CUF): “A formação é um dos principais motores da nossa melhoria contínua”

10/26/2025
A CUF venceu o People Engagement Survey da Cegoc, um reconhecimento que reforça o seu compromisso com as pessoas. Em entrevista exclusiva ao Healthnews, Mariana Nunes, Head of Talent & Development, explica como o inquérito guiou a ação, revela o grande desafio interno identificado – a formação – e detalha as medidas concretas já em curso, da IA à saúde mental, que estão a transformar a organização por dentro e a consolidar a sua imagem como empregadora de referência.

 

HN – O que motivou a CUF a participar no People Engagement Survey da Cegoc e que significado teve para a organização vencer este prémio?

Mariana Nunes (MN) – Um dos nossos principais motivos foi a orientação estratégica para a melhoria contínua. Este inquérito mostrou-se um instrumento de excelência para identificar boas práticas, tanto internamente como através de uma perspetiva externa que nos permitiu fazer benchmarking. Ganhar o prémio foi, para nós, um reconhecimento muito gratificante do trabalho contínuo das nossas lideranças e das iniciativas dedicadas aos colaboradores.

HN – Ao longo deste processo de diagnóstico, qual foi o principal desafio interno identificado ao nível dos recursos humanos que exigiu uma intervenção prioritária?

MN – Os nossos colaboradores sinalizaram a formação como um dos fatores mais relevantes para a evolução da CUF. A organização, que já investia fortemente em competências, percebeu que era possível fazer mais e redobrou a atenção a esta dimensão, promovendo uma cultura de aprendizagem contínua.

HN – Perante esse desafio, que tipo de resposta e medidas concretas foram implementadas pela CUF para melhorar as práticas internas e o engagement das equipas?

MN – Intensificámos o investimento em formação e desenvolvimento. Criámos programas de liderança e estratégia, relançámos o mentoring interno e o coaching para a gestão e para as lideranças clínicas. Priorizamos competências para o futuro, como a Inteligência Artificial e a gestão de projetos de transformação. A aposta na simulação, seja em cirurgia ou em comunicação de más notícias, é outra vertente. A saúde mental também foi prioritária, com um projeto de apoio ao luto para profissionais. Além disso, estamos a capacitar profissionais em atendimento inclusivo e a reforçar a ligação à Academia com bolsas de doutoramento e apoio a pós-graduações.

HN – De que forma é que estas mudanças foram percecionadas e acolhidas pelos colaboradores, e que impacto direto observaram no seu dia a dia?

MN – Estes projetos foram muito bem recebidos. A participação e a satisfação são elevadas, e o impacto é visível: temos líderes mais conscientes do seu papel, colaboradores com um mindset digital que propõem projetos de automatização e profissionais mais capacitados. Tudo isto se reflete na humanização e na excelência dos cuidados que prestamos aos nossos doentes.

HN – Como é que este ciclo de diagnóstico, ação e reconhecimento com o prémio da Cegoc contribui para reforçar a imagem da CUF não apenas como prestadora de cuidados de saúde, mas também como empregadora de referência?

MN – Este ciclo virtuoso tem na formação e no desenvolvimento um dos seus principais motores. Escutámos os colaboradores e, mesmo numa área onde já éramos fortes, decidimos ir mais além. O investimento reforçado potenciou competências nos colaboradores e teve um efeito visível na qualidade dos cuidados. É natural que este caminho consolide a CUF como um empregador de referência, pois esta aposta contínua no desenvolvimento é um dos fatores mais valorizados.

 

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