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O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) tomou conhecimento da mudança na presidência do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), um processo que se arrastou no tempo e que agora coloca Luís Cabral no lugar de Sérgio Janeiro. A decisão resultou de um concurso público conduzido pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP), cuja morosidade é agora criticada.
Na ótica do sindicato, a alteração na liderança introduz um fator de instabilidade numa estrutura que carece precisamente do oposto. O SIM deixou claro que via com bons olhos o caminho de estabilização e pacificação interna que estava a ser trilhado por Sérgio Janeiro, trabalho que entendem ser crucial dar continuidade. O novo presidente, Luís Cabral, herda assim uma instituição que, segundo a organização sindical, exige consolidação, previsibilidade e um respeito inabalável pela competência técnica dos seus profissionais.
Não se ficando pela mera tomada de nota, o SIM avisou que manterá um escrutínio atento e permanente sobre a nova gestão. O foco desta vigilância estará centrado na capacidade de Luís Cabral fortalecer o INEM enquanto serviço público essencial, aquele pilar de resposta que não pode fraquejar. A emergência médica, importa recordar, é um domínio de risco elevado, que depende inteiramente de equipas multispetoriais com liderança médica efetiva, mas também de fatores menos tangíveis como a motivação e a valorização de quem está no terreno.
A par desta mudança, o sindicato acompanhará com lupa a anunciada criação da Autoridade Nacional de Emergência Médica (ANEM). Haverá que escrutinar se o novo modelo, na prática, reforça a coordenação a nível nacional sem, contudo, degradar a capacidade de prestação clínica direta ou a segurança das equipas. O SIM adianta que qualquer alteração de designação terá de ser acompanhada de metas públicas de desempenho e de uma valorização uniforme do trabalho em VMER, para não falar em modelos claros que regulem a partilha de quadros entre as Unidades Locais de Saúde.
Reafirmando a sua disponibilidade para colaborar, o sindicato espera que as soluções encontradas fortaleçam a emergência médica pré-hospitalar, valorizem quem lá trabalha e garantam, no fim da linha, uma resposta pública que seja tanto eficiente como de qualidade para todos os cidadãos.
PR/HN



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