Esta posição surge após notícias que indicam a substituição de Sérgio Janeiro por Luís Cabral no cargo.

O bastonário da OE, Luís Filipe Barreira, destacou a experiência de Luís Cabral na emergência pré-hospitalar e o modelo que este implementou nos Açores, reconhecido internacionalmente. Entre as medidas salientadas pela OE estão a introdução da Triagem de Manchester no Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) e o alargamento da rede de Suporte Imediato de Vida, ambas integradas na proposta de Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) apresentada pela Ordem em 2024.

A OE reconhece também o trabalho do presidente cessante, Sérgio Janeiro, e reiterou a disponibilidade para colaborar com a nova liderança, visando um modelo mais eficiente e centrado na qualidade dos cuidados.

Contudo, a eventual nomeação de Luís Cabral tem sido alvo de críticas por parte do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar. Este sindicato questiona o modelo adotado nos Açores, onde Luís Cabral é diretor clínico do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros, afirmando que as suas posições públicas e o trabalho desenvolvido são contrários à melhor evidência científica e que o sistema implementado é seis vezes mais caro do que o utilizado no continente.

Esta divergência de opiniões ressalta o debate sobre os modelos de gestão e organização do sistema de emergência médica em Portugal, num momento em que se pretende garantir estabilidade e qualidade no INEM.

lusa/HN