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A investigação foi conduzida pela Unidade de Nutrição Humana da Universidade Rovira i Virgili (URV), em Espanha, em colaboração com a Universidade Sorbonne Paris-Nord, em França.
A diabetes tipo 2 é uma doença crónica caracterizada pela resistência à insulina, hormona responsável pela regulação do açúcar no sangue. Esta resistência provoca um aumento dos níveis de glicose e sintomas como sede excessiva, vontade frequente de urinar, boca seca e cansaço. O risco de desenvolver a doença é particularmente elevado em pessoas que fumam 20 ou mais cigarros por dia, que apresentam o dobro da probabilidade de vir a sofrer desta condição, em comparação com fumadores moderados ou ligeiros.
A investigação baseou-se em dados da coorte NutriNet-Santé, um dos maiores estudos de saúde pública na Europa, que acompanhou mais de 110.000 participantes em França durante uma média de 7,5 anos. Durante este período, foram registados 1.175 novos casos de diabetes tipo 2.
Além do tabaco, o estudo analisou também o impacto do consumo de álcool no desenvolvimento da doença. Os resultados mostraram que níveis baixos ou moderados de consumo alcoólico não têm qualquer efeito protetor contra a diabetes tipo 2, contrariando estudos anteriores que sugeriam que beber um copo de vinho por dia poderia reduzir o risco de desenvolver a doença.
Este estudo reforça a importância de combater o tabagismo como medida eficaz para a prevenção da diabetes tipo 2, destacando que o álcool, por si só, não altera o risco de desenvolvimento da doença
lusa/HN



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