PBPS/2025: Projetos Inovadores em Gestão da Saúde

28 de Outubro 2025

Num evento marcadamente dedicado à partilha de conhecimento e inovação, teve lugar a sessão de Apresentação de Posters Científicos, uma componente central da 18.ª Edição do Prémio de Boas Práticas em Saúde, uma iniciativa da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar (APDH). A sessão foi presidida pelo Brigadeiro-General José Carlos Monge, Diretor do Hospital das […]

Num evento marcadamente dedicado à partilha de conhecimento e inovação, teve lugar a sessão de Apresentação de Posters Científicos, uma componente central da 18.ª Edição do Prémio de Boas Práticas em Saúde, uma iniciativa da Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar (APDH). A sessão foi presidida pelo Brigadeiro-General José Carlos Monge, Diretor do Hospital das Forças Armadas, que assumiu o papel de moderador. Na sua intervenção inicial, o Brigadeiro-General começou por agradecer o convite formulado à instituição que representa, sublinhando a honra de estar presente e o objetivo do Hospital das Forças Armadas de se constituir, progressivamente, como um elemento válido e um parceiro do Sistema Nacional de Saúde. Salientou ainda a sua transição de uma carreira clínica para funções de gestão, enquadrando a sua participação no evento.

Coube-lhe apresentar o júri responsável pela avaliação dos trabalhos, destacando a sua composição multidisciplinar que reflete a transversalidade da gestão em saúde. O júri foi constituído por Margarida Eiras, Professora Adjunta na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa, com interesses na segurança do doente e sistemas de qualidade; Isabel Pita, Administradora Hospitalar no SESARAM da Região Autónoma da Madeira, com foco em gestão estratégica e controlo de gestão; e Manuel Oliveira, Coordenador da Equipa Coordenadora Regional do Centro da Rede de Cuidados Continuados Integrados, representando a perspetiva dos cuidados continuados no Alentejo Central.

Foram apresentados sete posters em formato de vídeo, cada um com uma duração de três minutos, que exibiram uma diversidade de boas práticas e projetos de melhoria implementados em instituições de saúde de várias regiões do país. A sessão decorreu de forma sequencial, sem intervalos, seguindo a ordem predefinida. Os projetos apresentados foram: a “Unidade Funcional de Dor Aguda” da ULS de Braga, que visa uma resposta organizada e dedicada ao controlo da dor, melhorando a segurança e satisfação dos doentes; o “MEAOW@SolarUV” da Câmara Municipal de Lisboa, um estudo pioneiro que mediu a exposição à radiação ultravioleta em trabalhadores ao ar livre, identificando os grupos de maior risco para cancro de pele; o “INform INVolv INprove” do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, um projeto de educação para a saúde com indicadores de melhoria na literacia e adesão aos tratamentos; a “Cirurgia de Ambulatório +Perto” da ULS do Alto Alentejo, que recorreu à teleconsulta para aproximar os cuidados pré-operatórios a doentes de zonas mais distantes, reduzindo custos e deslocações; os “Sacos de Memórias” da ULS de Braga, uma iniciativa de humanização que substitui os sacos de plástico por sacos de tecido reutilizáveis para os pertences de doentes, promovendo a sustentabilidade e o conforto das famílias; o “Conciliar+” da ULS da Região de Aveiro, que implementou um conjunto de medidas para melhorar o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal dos seus colaboradores; e, por fim, “Menos Ruído, Melhor Saúde para Todos” também da ULS de Braga, um projeto focado na redução dos níveis de ruído em unidades de internamento para promover o conforto de doentes e profissionais.

Findas as apresentações, o Brigadeiro-General chamou ao palco a porta-voz do júri, Margarida Eiras, para a apreciação global dos trabalhos. No seu comentário síntese, Margarida Eiras enalteceu a elevada qualidade e o carácter inovador dos sete posters apresentados, sublinhando a sua relevância para a melhoria contínua dos cuidados de saúde. Salientou a abrangência temática dos projetos, que cobriram áreas tão diversas como a humanização dos cuidados, a segurança e saúde no trabalho, a sustentabilidade ambiental, a eficiência na gestão de processos clínicos e o bem-estar dos profissionais. A porta-voz do júri destacou ainda o potencial de replicabilidade das boas práticas apresentadas noutros contextos do sistema de saúde, evidenciando como estes projetos, na sua multiplicidade, refletem a riqueza e a capacidade de inovação que caracterizam as organizações de saúde portuguesas.

RE/HN

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