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A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, afastou esta sexta-feira qualquer hipótese de apresentar a demissão, na sequência da morte de uma mulher grávida durante a madrugada na Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra. A posição foi tomada durante a sua audição no parlamento, a propósito da apreciação na especialidade da proposta de Orçamento do Estado para 2026.
O momento sobreveio após uma pergunta da deputada do Chega, Marta Silva, que interpelou directamente a governante sobre a sua responsabilidade política no caso. “Não, não me demito”, afirmou Ana Paula Martins, de forma perentória, perante os deputados da comissão.
O presidente do Conselho de Administração da ULS Amadora-Sintra já havia, entretanto, confirmado o óbito e avançado que um grupo de trabalho foi constituído para analisar circunstâncias do sucedido. A notícia desta morte surgiu numa altura em que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) enfrenta relatos de pressão em várias maternidades da área metropolitana de Lisboa.
A audiência parlamentar, que tinha como objectivo central a discussão pormenorizada das verbas para a Saúde no próximo ano, viu assim o seu rumo alterado por um caso concreto que expõe fragilidades do sistema. A oposição por parte da ministra em abandonar o cargo parece, por agora, traçar a linha de conduta do Governo perante o incidente, num ambiente político já de si carregado pelas negociações orçamentais.
NR/HN/Lusa



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