![]()
A Reumatologia portuguesa concentra-se em Albufeira entre 5 e 8 de novembro de 2025 para o seu vigésimo sétimo congresso nacional. A convite da Sociedade Portuguesa de Reumatologia, centenas de participantes ocuparão o Palácio de Congressos do Algarve num balanço entre a reflexão científica e a projeção do futuro.
A sessão de abertura, a marcar o compasso do evento, contará com António Correia de Campos para uma análise histórica sobre “50 anos de Estado Social na Saúde”. Seguir-se-á Pedro Pita Barros, a quem caberá a “perspetiva do Economista em Saúde”, e Sofia Ramiro, que traçará o panorama de “A Reumatologia em Portugal e na Europa”. No extremo oposto do cronograma, o encerramento fica a cargo de Luís Cunha Miranda, com uma intervenção sobre o colégio da especialidade, e da Secretária de Estado da Ciência e Inovação, Helena Canhão, que abordará os desafios da investigação aplicada à Reumatologia.
O programa científico desdobra-se em temas de ponta, indo da ecografia aplicada a glândulas salivares, pele e músculo até à osteoartrose da mão, esta última a exigir um olhar conjugado entre Reumatologistas, Fisiatras e Ortopedistas. A novidade terapêutica ganha palco com Hans Ulrich Scherer, que dissertará sobre a potencial aplicação das células CAR-T nas doenças reumáticas sistémicas. Do eixo luso-brasileiro, realce para as mesas dedicadas à Doença de Behçet, com Alexandre Wagner, e à saúde óssea, com Marcelo Pinheiro.
Mais de quinhentos inscritos, incluindo especialistas do Brasil, Angola e Cabo Verde, alimentam as expetativas de um encontro que pretende cimentar “um espaço científico e cultural comum” na lusofonia. A produção nacional estará em foco através de mais de duzentos trabalhos submetidos, entre os quais vinte comunicações orais e quase uma centena de posteres. Os melhores casos clínicos serão apresentados no auditório principal, assegurando visibilidade aos internos.
A Medicina Geral e Familiar terá programação específica, sublinhando o seu papel na referenciação e acompanhamento. Já o último dia do congresso reserva espaço para as associações de doentes e para um debate sensível: a inteligência artificial na prática reumatológica, esmiuçada nos aspetos de efetividade, viabilidade e ética.
Olhando para o amanhã, os organizadores não ignoram os ventos de mudança. O envelhecimento populacional pressionará os serviços, enquanto a digitalização e as terapias avançadas reconfiguram possibilidades. A resposta, defendem, passará por mais formação, investigação e acesso equitativo às inovações.
O programa completo do XXVII Congresso Português de Reumatologia está disponível para consulta AQUI.



0 Comments