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A BIOTRONIK e a Universidade de Sydney acabam de selar uma aliança estratégica que promete dar um novo fôlego aos cuidados de saúde cardíacos. Os dois intervenientes assinaram um Memorando de Entendimento que traça o roteiro de uma colaboração de três anos, com horizonte até 2028, centrada no desenvolvimento de inovações no campo da saúde digital e conectada.
A ambição passa por conjugar o saber-fazer da BIOTRONIK em dispositivos cardíacos implantáveis e monitorização remota com a capacidade de investigação da Universidade de Sydney e a experiência do Westmead Applied Research Centre em ferramentas digitais orientadas para o doente. O objetivo não é meramente tecnológico, mas sim funcional: criar soluções que respondam a necessidades clínicas palpáveis e que se integrem naturalmente nos fluxos de trabalho já existentes.
“Este Memorando vai além da tecnologia. Trata-se de reimaginar a forma como prestamos cuidados”, afirmou Jan Ewert, diretor executivo da BIOTRONIK na Austrália e Nova Zelândia. A visão, segundo explicou, assenta no desenvolvimento de instrumentos digitais capazes de capacitar tanto os clínicos como os doentes, melhorando a prestação de cuidados e os resultados daí advindos.
O contexto de pressão sobre os sistemas de saúde a nível global, com custos a subir, populações a envelhecer e escassez de profissionais, confere uma urgência particular a esta iniciativa. A procura por soluções digitais inteligentes e escaláveis, que possam colmatar lacunas e otimizar recursos, é cada vez mais premente. Ferramentas como a monitorização remota ou sistemas de suporte à decisão clínica alimentados por inteligência artificial podem antecipar intervenções, algo crucial no manejo de condições crónicas.
Os planos concretos para o triénio incluem o desenvolvimento e a avaliação clínica de novas ferramentas em áreas como a monitorização remota de doentes e o suporte à decisão clínica através de IA. O foco estará na testagem em contextos reais, assegurando que estas inovações geram valor mensurável para doentes e para os sistemas de saúde. Espera-se que os benefícios sejam particularmente significativos para populações em áreas remotas ou com acesso limitado a cuidados.
Do lado académico, o sentimento é de expectativa. “Estamos entusiasmados por aprofundar a nossa relação com a BIOTRONIK para desenvolver, em conjunto, soluções de saúde digital fundamentadas em evidências clínicas e com o bem-estar do paciente no centro”, declarou a Professora Clara Chow, diretora académica do Westmead Applied Research Centre e professora de medicina na Faculdade de Medicina de Sydney. Para Clara Chow, esta parceria configura uma oportunidade ímpar de traduzir investigação de ponta em impacto real para pessoas com doenças cardiovasculares.
As doenças cardiovasculares permanecem, ainda hoje, a principal causa de morte em todo o mundo. Enfrentar este desafio de dimensões globais exige, cada vez mais, colaborações intersetoriais que acelerem a tradução da investigação em respostas práticas e adaptáveis. É precisamente nesse espaço que a parceria agora anunciada pretende operar, tentando responder às exigências complexas dos sistemas de saúde modernos.
PR/HN



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