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De acordo com o comunicado da administração hospitalar, a mulher realizou duas consultas de vigilância de gravidez nos cuidados primários, a 14 de julho e 14 de agosto, na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Agualva. Posteriormente, fez consultas de obstetrícia no Hospital Fernando Fonseca, na Amadora, nos dias 17 de setembro e 29 de outubro, esta última apenas dois dias antes do seu falecimento.
A grávida, natural da Guiné-Bissau e recentemente chegada a Portugal, foi referenciada para consulta de especialidade de obstetrícia devido a uma gravidez de termo precoce. No dia do seu internamento, sexta-feira, a mulher encontrava-se em paragem cardiorrespiratória quando deu entrada no hospital, tendo sido imediatamente submetida a todos os procedimentos médicos previstos.
Na quarta-feira anterior, a utente tinha comparecido ao hospital para uma consulta de rotina, assintomática, onde foi identificada hipertensão ligeira. Por precaução, foi enviada para o serviço de urgência, onde lhe foi diagnosticada pré-eclâmpsia, uma complicação grave da gravidez. Foi então dada alta hospitalar com indicação para internamento às 39 semanas de gestação.
A administração hospitalar informou ainda que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, foi informada sobre o acompanhamento da grávida desde julho, esclarecendo que as declarações da governante, que indicavam ausência de acompanhamento prévio, basearam-se na informação disponível sobre o episódio clínico que antecedeu o desfecho fatal ocorrido a 31 de outubro no Hospital Fernando Fonseca.
Face ao ocorrido, o conselho de administração do Hospital Amadora-Sintra determinou a abertura de um inquérito interno para apurar todas as circunstâncias relacionadas com o caso. Paralelamente, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e a Entidade Reguladora da Saúde instauraram processos para avaliar a assistência prestada à grávida.
No sábado de manhã, um dia após a morte da mãe, faleceu também a bebé que nasceu de cesariana de emergência
com lusa/HN



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