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Durante o seu mandato, que incluiu a gestão de uma greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar iniciada a 30 de outubro e suspensa a 7 de novembro, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde abriu 12 inquéritos sobre mortes ocorridas nesse período, concluindo que em três casos os atrasos no socorro estiveram diretamente associados à paralisação.
Na sua carta de despedida, Sérgio Janeiro considerou que o INEM “vive um período de reorganização, que importa encarar como uma oportunidade, e com visão estratégica”. Referiu ainda a existência de um Serviço de Helitransporte de Emergência Médica (SHEM) renovado, e a espera por “novas viaturas (tanto de emergência como de serviços gerais) a curto prazo, em execução o adequado levantamento e desenho de sistemas de informação já existentes, com vista à projeção de uma visão integrada para melhorias tecnológicas futuras”.
Quanto ao futuro, o presidente cessante afirmou que “deverá ser encarado com otimismo e união” e criticou quem “individualmente ou através de associações/sociedades de representatividade e idoneidade questionáveis, apenas utiliza a difamação da marca INEM para autopromoção”. “O INEM não é nem pode ser uma ilha”, frisou, defendendo o reforço das sinergias com universidades, parceiros científicos, ordens profissionais e outras entidades ligadas à proteção civil.
Na despedida, Sérgio Janeiro agradeceu o empenho de todos e fez uma menção especial à vogal do conselho diretivo, Alexandra Ferreira, destacando “humanismo, compaixão e competência” como marcas da sua colaboração. Alexandra Ferreira, que também deixou uma mensagem de despedida, destacou os avanços alcançados nos últimos 15 meses.
Nomeada em julho de 2024, Alexandra Ferreira considerou que o período foi de “grande transformação, superação e serviço público de qualidade”. Entre os progressos, destacou a contratação de 177 técnicos de emergência pré-hospitalar, a redução da taxa de inoperacionalidade e a revisão da carreira dos profissionais do setor. A dirigente salientou ainda o reforço das estruturas internas, o cumprimento das recomendações da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde e a aposta na digitalização dos sistemas.
No âmbito legislativo e orçamental, Alexandra Ferreira referiu as propostas enviadas à tutela para rever a Lei Orgânica do INEM e a autorização para integrar o saldo orçamental de 2024 no de 2025. Recordou também a aquisição de 282 novas viaturas e o arranque do novo SHEM.
lusa/HN



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