08/05/2023
“As câmaras hiperbáricas estão disponíveis e acessíveis ao público e aos utentes sem qualquer impedimento, pese embora a necessidade de certificação das mesmas”, admitiu a Secretaria Regional da Saúde e Desporto, em comunicado enviado à Lusa, adiantando que a tutela “iniciou já um processo de apoio aos hospitais”, com vista a resolver o problema.
Em causa estão as câmaras hiperbáricas dos hospitais do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, e do Hospital da Horta, no Faial, que perderam a certificação que ostentavam, embora continuem a ser utilizadas, e também um equipamento semelhante instalado no Centro de Saúde de Santa Cruz das Flores, que só era utilizado pontualmente.
Segundo apurou a Agência Lusa, a empresa alemã que montou as câmaras hiperbáricas nos Açores exige 340 mil euros por cada certificação, valor que as administrações hospitalares consideram ser “incomportável”, embora os tratamentos com este tipo de equipamento não tenham sido, entretanto, suspensos.
“Importa, no entanto, ressalvar que o apoio efetivo e integral aos utentes em contexto hiperbárico está garantido, assim como a qualidade e a segurança da prática profissional que tais situações exigem”, assegura a mesma nota do executivo açoriano.
O gabinete da secretária regional da Saúde, Mónica Seidi, lembra ainda que as câmaras hiperbáricas de Ponta Delgada e da Horta “estão em pleno funcionamento” e que os profissionais de saúde que operam com estes equipamentos, estão “devidamente credenciados” para trabalharem com estes sistemas, e fazem-no “sem quaisquer problemas de natureza técnica”.
“Os médicos, técnicos e enfermeiros têm um conhecimento claro e nítido de todas as normas de segurança para os destinatários dos cuidados, para os profissionais e respetivos equipamentos, assim como dos protocolos de atuação, dos efeitos terapêuticos e adversos da oxigeno-terapia hiperbárica, do manuseamento e funcionamento da câmara hiperbárica como dispositivo clínico no tratamento, nomeadamente de feridas”, refere ainda o esclarecimento do Governo.
Quanto à câmara hiperbárica das Flores, oferecida pelo Clube Naval da Horta para dar apoio aos praticantes de mergulho no Grupo Ocidental dos Açores, está inoperacional há vários anos, e apenas era utilizada, pontualmente, por um médico do Hospital da Horta, quando se deslocava àquela ilha.
A sala onde o equipamento estava montado, junto à morgue do Centro de Saúde, foi, entretanto, transformada em armazém e arquivo.
As câmaras hiperbáricas permitem estimular o crescimento de células e aumentar a circulação sanguínea, através da introdução de grandes quantidades de oxigénio, em ambiente de pressão atmosférica mais elevado do que o normal.
Estes equipamentos são utilizados, por exemplo, no tratamento de feridas que não cicatrizam e também em situações de anemia grave, embolia pulmonar, queimaduras, envenenamento, descompressão e gangrena, entre outros.
LUSA/HN
12/02/2023
Na nota divulgada relativa à atividade policial entre os dias 03 e 09 de fevereiro, a PSP refere que a maioria destas ocorrências teve lugar no concelho do Funchal (31), seguindo-se o de Santa Cruz (15) e Machico (cinco).
No conjunto de operações de fiscalização desenvolvidas, a PSP efetuou 16 detenções por condução sob o efeito de álcool, quatro condutores sem habilitação legal e um por desobediência/veículo apreendido, é indicado na mesma informação.
LUSA/HN
06/02/2023
Em comunicado, a Polícia de Segurança Pública indica que, em janeiro, na sua área de responsabilidade, os centros urbanos, registaram-se 4.737 feridos graves, que provocaram nove mortos, 77 feridos graves e 1.304 feridos ligeiros.
Em comparação com o mesmo mês do ano passado, a PSP verificou um aumento de 18% dos desastres, 22% das vítimas mortais e 21% dos feridos graves, enquanto os feridos ligeiros diminuíram 15%.
A PSP destaca também que no primeiro mês do ano foram detidas 409 pessoas por condução sem habilitação legal e 526 por condução sob efeito do álcool, enquanto em janeiro de 2022 esta polícia registou 394 e 440 detenções, respetivamente.
Esta força de segurança dá ainda conta de que, em janeiro, multou 514 condutores que estavam a conduzir sob o efeito do álcool.
Também no passado mês de janeiro, a PSP detetou 5.586 automobilistas em excesso de velocidade, mais 218 do que em igual período de 2022.
“A condução em excesso de velocidade e sob a influência do álcool tem implicações diretas no controlo das viaturas e no aumento da distância de reação e de travagem, traduzindo-se num aumento da distância necessária para parar um veículo em segurança e numa diminuição da probabilidade de o condutor conseguir evitar um acidente”, precisa aquela polícia.
A PSP avança que estabelece “como prioridade a fiscalização da condução em excesso de velocidade e sob a influência do álcool e substâncias psicotrópicas”, tendo em conta as implicações diretas na ocorrência de acidentes de viação.
No total, a PSP registou 21.647 infrações em janeiro, 609 das quais por uso do telemóvel durante a condução (+74 face ao mesmo mês de 2022), 368 por não utilização do cinto de segurança (-5), 591 por falta de seguro (+35) e 2.408 sem inspeção periódica obrigatória (+104).
A Polícia de Segurança Pública apela ainda aos condutores para que não adotem comportamentos que possam diminuir as suas capacidades de condução, como conduzir em excesso de velocidade ou sob o efeito do álcool, ou que sejam suscetíveis de causarem distrações, como o uso do telemóvel durante a condução.
LUSA/HN
18/01/2023
“Os acidentes envolvendo bicicletas, trotinetes e skates tem vindo a aumentar, particularmente a nível dos grandes centros urbanos”, realçou Luís Meira, presidente do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), no seminário “Mobilidade Ativa: Futuro em Segurança”, realizado esta terça-feira em Lisboa, numa organização do Ministério da Administração Interna e a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
Ressalvando que há dificuldade em obter dados fidedignos sobre a sinistralidade da designada mobilidade suave, Luís Meira precisou que um em cada três feridos é grave.
O INEM registou 6.280 feridos com trotinetes, bicicletas e skates em 2022, no ano anterior tinha transportado 3.251, enquanto em 2020 – ano marcado pelas restrições à circulação da pandemia – foram 2.642 feridos e em 2019 foram 2.265.
Em relação a 2021, os feridos de acidentes transportados pelo INEM aumentaram 93% em 2022.
Dos 6.280 feridos transportados pelo INEM no ano passado, 4.254 eram ciclistas, 1.691 utilizadores de trotinetes e 335 de skates.
Sobre os utilizadores de trotinetes, os acidentes aumentaram 78% no ano passado em relação a 2021, quando se registaram 946, voltando a descer em 2020 (367), enquanto em 2019 o INEM registou 577 feridos.
Em relação aos ciclistas, o Instituto Nacional de Emergência Médica registou 4.254 acidentes em 2022, baixando para 3.004 em 2021, para 1.970 em 2020 e 1.510 em 2019.
De acordo com o INEM, a maioria dos acidentes envolvendo a mobilidade suave aconteceu nos meses de verão, nomeadamente em julho e agosto, e os concelhos de Lisboa, Porto, Vila Nova de Gaia, Cascais e Coimbra são aqueles com maior número de desastres.
O presidente do INEM manifestou-se ainda preocupado com a utilização cada vez mais de bicicletas e trotinetes em serviços de entregas e defendeu que é necessário a imposição de regras, uma regulamentação “mais severa” e uma fiscalização “mais apertada”.
Também presente no seminário, o diretor do centro de responsabilidade integrado de traumatologia ortopédica do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, João Fernandes, anunciou que esta unidade vai assinar, na primeira semana de fevereiro, um protocolo com a ANSR para a partilha de dados e para que passa a existir mais informação sobre os acidentes e feridos envolvendo trotinetes.
O médico, que dirige o único hospital que recebe este tipo feridos da região sul, o Hospital de São José, referiu que é necessário ter mais informações, relembrando que nesta unidade de saúde até há bem pouco tempo eram dois funcionários que mensalmente contabilizaram “à unha” os sinistros.
Com este protocolo, os dados da sinistralidade envolvendo trotinetes provavelmente vão ser cinco vezes mais, alertou, dando conta do problema atual que são estes feridos, nomeadamente devido às lesões graves e complexas que atingem vários órgãos, por não usarem capacete, serem estrangeiros e não terem seguro.
O médico explicou que estes feridos são “um peso económico e social” para o Estado, chegam a estar mais de um mês internados nos hospitais, são submetidos a várias cirurgias e ocupam camas nos cuidados intensivos.
“Estes feridos estão a ocupar camas que o Serviço Nacional de Saúde não estava a contar”, disse, frisando que muitos chegam a hospital alcoolizados.
LUSA/HN
17/01/2023
Na iniciativa, organizada pelo Ministério da Administração Interna (MAI) e a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), o chefe de divisão de trânsito e segurança rodoviária da Polícia de Segurança Pública, João Ramos, precisou que 145 condutores de trotinetes apresentaram uma taxa de álcool no sangue igual ou superior a 1,2 gramas por litro, o que é considerado crime, entre 2019 e 2022.
Segundo a PSP, a média de idade destes utilizadores de trotinetes alcoolizados era de 26 anos.
Os dados desta polícia mostram que 58 utilizadores de trotinetes foram detidos com excesso de álcool em 2022, no ano anterior foram 30, em 2020 foram seis e em 2019 foram 51.
O mesmo responsável avançou também que, entre 2017 e 2022, a PSP registou 1.134 acidentes envolvendo trotinetes, que provocaram 25 feridos graves e 890 feridos ligeiros, sendo 2022 o pior ano.
De acordo com esta força de segurança, os acidentes aumentaram 92% no ano passado em relação a 2021, os feridos graves subiram 12% e os feridos ligeiros 80%.
Em 2022, ocorreram 556 acidentes envolvendo trotinetes, que provocaram 13 feridos ligeiros e 440 feridos graves, enquanto em 2021 foram registados 269 desastres, sete feridos graves e 244 feridos ligeiros.
Por sua vez, no ano de 2020, marcado por restrições na circulação devido à pandemia de Covid-19, a PSP registou 97 acidentes, dois feridos graves e 69 ligeiros, em 2019 ocorreram 169 desastres, três feridos graves e 119 ligeiros e os anos com números mais reduzidos foram 2018 e 2017 quando se verificaram, respetivamente, 23 e seis acidentes, 18 e três feridos ligeiros e dois feridos graves em 2017 e zero em 2018.
LUSA/HN