27/02/2023
“Felizmente, no contexto do PRR, foi possível encontrar financiamento para fazer com que os cinco centros de Saúde [e] as cerca de 30 extensões de saúde que existem nesta região sejam todas requalificadas”, afirmou o governante.
O ministro falava aos jornalistas em Alcácer do Sal, no arranque da iniciativa Saúde Aberta pelos concelhos do litoral alentejano, promovida pelo Ministério da Saúde.
Lembrando que o litoral alentejano, formado pelos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Sines e Santiago do Cacém, no distrito de Setúbal, e Odemira, no distrito de Beja, “é uma zona muito vasta” em termos geográficos, habitada por “mais de 100 mil pessoas”, Manuel Pizarro reconheceu que “persistem problemas graves de acesso aos cuidados de saúde”.
“E nós vimos aqui precisamente dialogar e ouvir as pessoas, ouvir a população, ouvir os autarcas”, para “tentar procurar soluções para melhorar o acesso à saúde, quer nos cuidados primários, quer nos cuidados hospitalares”, explicou.
Além disso, realçou, trata-se também de “uma zona onde estão a ocorrer modificações muito significativas”, nomeadamente devido ao fenómeno da imigração, que se está “a generalizar em toda a região”.
“Essas pessoas são bem-vindas ao nosso país, nós precisamos delas, mas precisamos de criar condições para as acolher nos diferentes aspetos, com a dignidade necessária, nomeadamente na área da saúde e isso aumenta a pressão sobre o serviço de saúde, exige uma resposta própria que tem que ser agora articulada e tratada com todo o cuidado”, destacou.
A área das infraestruturas é uma das prioridades, segundo o ministro da Saúde, com o PRR a possibilitar o financiamento da requalificação dos centros e extensões de saúde, mas também que “sejam adquiridos e colocados em funcionamento novos equipamentos”.
“Por exemplo, viaturas de apoio domiciliário, que aqui são especialmente importantes. Dada a vastidão desta zona geográfica, o facto de haver muita população que vive de forma isolada e uma parte dessa população ser população idosa com dificuldade de mobilidade, essas viaturas também vão responder a estes problemas”, indicou o governante.
Por outro lado, “uma questão mais complexa” passa pela “atração dos profissionais” de saúde, segundo Manuel Pizarro, que se comprometeu a “procurar encontrar soluções que resolvam os principais problemas”.
“Um dos principais problemas que enfrentamos aqui é também o custo da habitação. Apesar de esta ser uma zona fora de um grande centro é uma zona onde, em função da pressão turística, o custo de habitação é muito elevado. Isso, naturalmente, cria muitas dificuldades na atração de profissionais”, admitiu.
Mas, o ministério está “a trabalhar com as estruturas da saúde, com a Unidade Local de Saúde” do Litoral Alentejano (ULSLA) e vai “fazê-lo também com as autarquias para criar condições de alojamento que facilitem a atração de profissionais”, acrescentou.
No litoral alentejano, existem cerca de 105 mil utentes do Serviço Nacional de Saúde, sendo que “cerca de 17 mil não têm médico de família ou atendimento nos cuidados primários por médico próprio”, explicou ainda o ministro, dizendo não ter qualquer dúvida de que, este ano, vai ser encontrada “solução para aqueles que ainda não têm acesso a médico”.
LUSA/HN
06/02/2023
Em vigor desde sexta-feira, a Rede Nacional de Serviços de Urgência de Psiquiatria da infância e adolescência inclui três equipas de urgência designadas por Norte, Centro e Região de Lisboa e Vale do Tejo, Região do Alentejo e Região do Algarve.
À Lusa, o coordenador nacional das políticas de saúde mental, Miguel Xavier, explicou que o regulamento mantém três pontos de atendimento a nível nacional pois, “atendendo à casuística e à especificidade das situações que requerem atendimento urgente”, este número é considerado “suficiente para cobrir as necessidades do país”.
Já no anexo ao regulamento consultado pela agência Lusa lê-se que no Norte a urgência regional de pedopsiquiatria vai funcionar no Centro Materno Infantil do Norte, que pertence ao Centro Hospitalar Universitário do Porto.
No Centro, a urgência de psiquiatria da infância e adolescência está sediada no Hospital Pediátrico de Coimbra e, em Lisboa, no Hospital D. Estefânia, do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central.
Os três casos incluem presença física de uma equipa dedicada sete dias por semana das 08:00 às 20:00, sendo a última admissão às 19:00.
O atendimento urgente de pedopsiquiatria funcionará apenas no período diurno.
No período noturno, as crianças e jovens são avaliadas e orientadas pelas urgências pediátricas gerais que, em função da sua natureza, referenciam os casos para atendimento urgente ou programado.
“Este modelo garante a sequência de cuidados e a segurança dos pacientes, mobilizando recursos para o reforço das respostas programadas de ambulatório. A experiência deste modelo, que funciona na região Norte há muitos anos, tem demonstrado segurança e qualidade no atendimento, replicando modelos e boas práticas usados noutros países europeus”, justificou Miguel Xavier.
A Urgência de Psiquiatria da infância e adolescência é um serviço de urgência especializado que visa o atendimento de situações que não podem aguardar por agendamento programado.
No regulamento é sublinhada a importância de, antes do recurso a unidades de saúde, ser contactada, previamente, a linha SNS24.
Em situações de emergência, o contacto deve ser feito diretamente para o 112.
Caberá a cada hospital assegurar a constituição das equipas de urgência.
As equipas médicas-tipo devem ser constituídas em função da área abrangida e do histórico de episódios de urgência, sendo complementadas pelos médicos internos de formação especializada de cada instituição.
No regulamento lê-se que “em urgências em que exista partilha de recursos médicos de vários hospitais para urgência externa, a distribuição dos serviços pelas equipas deve ser equitativa no número de médicos especialistas e médicos internos”.
Em cada turno, o médico mais graduado será o chefe de Equipa de Psiquiatria da infância e adolescência.
Questionado sobre se está em perspetiva o reforço de profissionais nesta área, Miguel Xavier explicou à Lusa que “o modelo proposto para o atendimento urgente de pedopsiquiatria tem como objetivo reduzir o número de horas de profissionais destinados à urgência para melhorar as respostas programas de ambulatório”.
“Estas são as respostas que precisam de ser reforçadas”, disse o coordenador, garantindo que a Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental e a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde “têm trabalhado para garantir esse reforço bem como para implementar as Equipas Comunitárias de Saúde Mental da Infância e Adolescência em todas as regiões do país”.
São referenciados para estas urgências regionais de pedopsiquiatria casos encaminhados pelos cuidados de saúde primários, serviços de urgência pediátrica, pediatra e psiquiatra da infância e adolescência assistentes, bem como casos enquadráveis na Lei de Saúde Mental como mandados de condução para avaliação clínico-psiquiátrica urgente.
Também serão atendidos doentes que recorrem diretamente ao Serviço de Urgência ou através dos serviços de emergência e transferidos para esta urgência após avaliação pela pediatria.
No anexo 2 do regulamento, agora em vigor, são enumerados os motivos de avaliação ou transferência, nomeadamente sintomatologia psicótica aguda, tentativas de suicídio e/ou situações de risco suicidário, agitações psicomotoras graves e mantidas, com risco para o próprio e para os outros, não atribuíveis a causas orgânicas ou a consumos de fármacos ou de outras substâncias psicoativas.
Somam-se situações como serem doentes com critérios de gravidade clínica ou com necessidade de intervenção pedopsiquiátrica urgente após a vivência de acontecimentos com potencial traumático.
LUSA/HN
01/02/2023
Em comunicado enviado à agência Lusa, a Federação do Baixo Alentejo (FBA) do PS frisou que “é “consensual” entre os socialistas do distrito que é “urgente dotar a região de melhores condições de saúde”.
“É um direito fundamental das pessoas e condição para a qualidade de vida e aspeto crítico para a fixação de nova população”, continuou a federação.
Os socialistas baixo-alentejanos defenderam igualmente ser “absolutamente urgente avançar com a construção imediata da segunda fase do Hospital José Joaquim Fernandes”, em Beja.
Estas reivindicações, que vão ser apresentadas ao Governo, surgem depois de a FBA ter promovido, no sábado, uma reunião em Beja para analisar o estado da saúde na região, na qual estiveram presentes os presidentes de câmara eleitos pelo partido e os líderes das concelhias.
No comunicado enviado à Lusa, durante a sessão foram “discutidos os problemas no setor” e as “possíveis respostas a implementar, em articulação com os municípios”.
Para a federação socialista, liderada pelo deputado Nelson Brito, “deverá haver um esforço de atração para a região de mais médicos de saúde pública, de medicina geral e familiar e, ainda, de especialistas”.
E é “indispensável qualificar as instalações e os equipamentos dos centros e extensões de saúde locais, serviços que atuam em maior proximidade com as populações”, acrescentou.
Os socialistas defenderam ainda que “deve, também, incrementar-se o investimento em cuidados paliativos, melhorar as respostas ao nível da saúde mental” e “aumentar a rede de cuidados continuados”.
“O investimento na saúde na região é decisivo para criar condições de cuidados de saúde que acompanhem o crescimento económico e as potencialidades da região, beneficiando os baixo alentejanos”, concluiu a federação socialista.
LUSA/HN
05/01/2023
Num comunicado enviado à agência Lusa, a ARSA explicou que estes novos médicos internos foram distribuídos por várias unidades locais de saúde (ULS) da região, Hospital do Espírito Santo de Évora (HESE) e Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Alentejo Central.
Do total de 74, 38 estão a realizar formação geral e 36 efetuam formação específica, acrescentou.
“Os jovens médicos internos são fundamentais para as instituições de Saúde, merecendo da parte da ARSA um especial agradecimento pela sua escolha para concluírem a sua formação médica na região do Alentejo”, pode ler-se no comunicado.
A maioria dos médicos internos em formação no Alentejo, desde esta terça-feira, encontra-se no distrito de Évora (39), tendo o ACES do Alentejo Central recebido sete deles para formação específica, na especialidade de Medicina Geral e Familiar, enquanto o HESE acolheu 31, dos quais 18 para formação geral e 13 para formação especializada.
Fonte do hospital de Évora, citada no comunicado da ARSA, realçou que os novos médicos chegaram a Évora “de todo o país, das regiões autónomas e de Macau”.
A Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano (ULSLA) acolhe 19 novos médicos internos, sendo que 12 iniciaram a formação geral e sete a formação específica, nas especialidades de Cirurgia Geral (dois), Medicina Geral e Familiar (três), Medicina Interna (um) e Medicina Intensiva (um).
Em Beja, a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) recebeu 10 médicos internos, que iniciaram a sua formação geral e a sua formação específica no Hospital José Joaquim Fernandes e nos centros de saúde da região.
Segundo a ARS do Alentejo, oito iniciaram a sua formação específica, nas especialidades de Medicina Intensiva (dois), Medicina Geral e Familiar (dois), Cirurgia Geral (um), Psiquiatra (um), Pediatria (um) e Ortopedia (um), enquanto os restantes dois ingressaram na formação geral.
Já na Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), no distrito de Portalegre, sete novos médicos internos integraram os serviços hospitalares da região: seis deles são recém-licenciados do primeiro ano do internato médico e um é médico interno a iniciar a especialidade de Cirurgia.
A ARS do Alentejo indicou que o internato médico se realiza após a licenciatura ou mestrado integrado de Medicina, sendo os primeiros 12 meses de formação geral.
Após essa formação, os médicos candidatam-se, em concurso nacional, para a escolha de uma especialidade, que corresponde ao período de formação especializada.
LUSA/HN
04/01/2023
Situado numa zona rural, este é um hotel especialmente vocacionado para hóspedes que procurem melhorar o seu bem-estar geral, uma estadia revitalizante e que valorizam a conexão com a natureza e com o seu eu interior.
O conceito deste hotel baseia-se no equilíbrio da natureza envolvente e na importância de transferir esse equilíbrio para o corpo, aliando uma componente turística de lazer a uma abordagem de bem-estar.
Devido ao aumento exponencial do número de problemas de saúde relacionados com o sono na população portuguesa, surgiu a ideia de criar um conceito hoteleiro numa zona calma, que estimula o contacto com a natureza, com a capacidade de intervir na saúde e bem-estar dos hóspedes através de terapias não médicas.
Assim, os hóspedes podem melhorar o seu estilo de vida e explorar a sua conexão com a natureza, aprendendo a descansar.
Teresa Paiva, mentora deste projeto, diz que “dormir pouco e mal é o maior flagelo da sociedade portuguesa”. “Portugal é dos países da União Europeia com um dos maiores níveis de utilização de sedativos para dormir. Além disso, os portugueses são também dos povos que se deitam mais tarde e que são sobrecarregados com mais horas de trabalho. Tendo em conta este problema grave que afeta a nossa sociedade, foi criado este espaço pensado especialmente para desconectar e favorecer um sono tranquilo e reparador”, explica.
O Sleep & Nature Hotel dispõe de 32 unidades de alojamento, restaurante, bar, ginásio, biblioteca, spa, uma piscina interior e uma piscina exterior. Há bicicletas disponíveis para quem quiser explorar desportivamente a zona e duas lareiras nas áreas comuns para quem, no tempo frio, prefere deixar-se estar.
PR/HN/RA