04/05/2023
A autorização para a vacina Arexvy, desenvolvida pela gigante farmacêutica britânica GSK, foi concedida pela agência norte-americana do Medicamento (FDA) para adultos com 60 anos ou mais.
Isto representa “um sucesso significativo de saúde pública na prevenção de uma doença que pode ser fatal”, destacou Peter Marks, alto responsável da FDA, em comunicado.
Na semana passada, esta mesma vacina recebeu parecer favorável da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), sendo que a decisão final da Comissão Europeia é esperada para os próximos meses.
O RSV é um vírus muito comum e altamente contagioso, mais conhecido por causar bronquiolite (infeção dos pequenos brônquios) em crianças durante o inverno.
Mas também afeta adultos e pode ser perigoso para os idosos quando degenera em uma infeção respiratória (bronquiolite ou pneumonia).
Após décadas de investigação, foi travada uma corrida entre diversos grupos farmacêuticos para conquistar um mercado que promete ser lucrativo.
Os laboratórios Pfizer e Moderna também estão a desenvolver uma vacina contra o RSV para idosos.
A Pfizer destacou que espera uma decisão da FDA sobre sua aprovação nos EUA em maio.
Segundo as autoridades de saúde dos EUA, este vírus causa a morte de 6.000 a 10.000 pessoas com 65 anos ou mais nos Estados Unidos a cada ano e entre 60.000 e 160.000 hospitalizações.
A GSK adiantou, em comunicado, que a sua vacina estará disponível a partir da próxima temporada epidémica deste ano.
A aprovação da vacina pela GSK é baseada num ensaio clínico com aproximadamente 25.000 participantes, metade dos quais recebeu a vacina e a outra metade um placebo.
A vacina foi considerada 83% eficaz na prevenção de infeções do foro respiratório inferior.
Os efeitos colaterais foram principalmente fadiga, dores musculares ou dores de cabeça.
Num outro estudo de menor dimensão, um participante desenvolveu a síndrome de Guillain-Barré, uma condição neurológica rara, nove dias após receber a vacina Arexvy.
A FDA pediu à GSK para continuar a conduzir estudos para monitorizar este risco.
Todos os invernos a bronquiolite está em destaque, mas foi particularmente falada no ano passado, num contexto de fim dos confinamentos ligados à pandemia de Covid-19 e, por isso, de aumento da circulação do vírus.
Os Estados Unidos e a Europa foram particularmente atingidos, principalmente os bebés, que evitaram ser expostos durante a pandemia de Covid-19.
No final de 2022, a União Europeia também aprovou um tratamento preventivo para bronquiolite desenvolvido em conjunto pela AstraZeneca e Sanofi.
Destinado a bebés, o nirsevimab não é estritamente uma vacina, mas funciona com a mesma intenção preventiva.
LUSA/HN
03/05/2023
O alerta foi feito pelo cirurgião-geral dos Estados Unidos, Vivek Murthy, a principal autoridade em saúde pública, que, ao declarar a solidão como a mais recente epidemia de saúde pública, referiu que ela custa ao setor da saúde milhares de milhões de dólares por ano.
Cerca de metade dos adultos norte-americanos dizem já ter sentido solidão, afirmou Vivek Murthy, num relatório de 81 páginas do seu gabinete.
“Sabemos agora que a solidão é um sentimento comum que muitas pessoas experimentam. É como a fome ou a sede. É um sentimento que o corpo nos envia quando algo que precisamos para sobreviver está a faltar”, disse Vivek Murthy numa entrevista à agência de notícias “Associated Press”.
E acrescentou: “Milhões de pessoas na América estão a lutar na sombra, e isso não está certo. Foi por isso que emiti este aviso, para tirar a cortina de uma luta que demasiadas pessoas estão a viver”.
A declaração destina-se a aumentar a consciencialização sobre a solidão, mas não desbloqueia o financiamento federal ou a programação dedicada a combater o problema.
A investigação mostra que os americanos, que nas últimas décadas têm vindo a envolver-se menos com os locais de culto, organizações comunitárias e até com os seus próprios familiares, têm vindo a registar um aumento constante de sentimentos de solidão. O número de agregados familiares solteiros também duplicou nos últimos 60 anos.
Mas a crise agravou-se profundamente quando a epidemia de Covid-19 se espalhou, levando escolas e locais de trabalho a fechar as portas e fazendo com que milhões de americanos se isolassem em casa, longe de familiares ou amigos.
As pessoas reduziram os seus grupos de amigos durante a pandemia do coronavírus e diminuíram o tempo passado com esses amigos, segundo o relatório do cirurgião-geral. Em 2020, os americanos passavam cerca de 20 minutos por dia, pessoalmente, com amigos, quando era cerca de uma hora duas décadas antes.
A epidemia de solidão está a atingir especialmente os jovens, com idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos. O grupo etário registou uma quebra de 70% no tempo passado com os amigos durante o mesmo período.
A solidão aumenta o risco de morte prematura em cerca de 30%, tendo o relatório revelado que as pessoas com fracas relações sociais apresentam também um maior risco de acidente vascular cerebral e de doença cardíaca.
O isolamento também aumenta a probabilidade de uma pessoa sofrer de depressão, ansiedade e demência, de acordo com a investigação. Vivek Murthy não forneceu dados que ilustrem o número de pessoas que morrem diretamente devido à solidão ou ao isolamento.
O cirurgião-geral está a apelar aos locais de trabalho, às escolas, às empresas de tecnologia, às organizações comunitárias, aos pais e a outras pessoas para que façam mudanças que aumentem a conectividade do país.
Aconselha as pessoas a juntarem-se a grupos comunitários e a largarem os telemóveis quando estão a falar com os amigos; os empregadores a pensarem cuidadosamente nas suas políticas de trabalho à distância; e os sistemas de saúde a darem formação aos médicos para que reconheçam os riscos da solidão para a saúde.
A tecnologia exacerbou rapidamente o problema da solidão, tendo um estudo citado no relatório concluído que as pessoas que utilizavam as redes sociais durante duas horas ou mais por dia tinham mais do dobro da probabilidade de se sentirem socialmente isoladas do que as que utilizavam essas aplicações durante menos de 30 minutos por dia.
Vivek Murthy afirmou que as redes sociais estão a impulsionar o aumento da solidão em particular. O relatório sugere que as empresas de tecnologia implementem proteções para as crianças, especialmente em relação ao seu comportamento nas redes sociais.
“Não há realmente nenhum substituto para a interação pessoal”, disse, questionando: “À medida que passámos a utilizar cada vez mais a tecnologia para a nossa comunicação, perdemos muito dessa interação pessoal. Como é que concebemos uma tecnologia que fortaleça as nossas relações em vez de as enfraquecer?”.
LUSA/HN
02/05/2023
Acabar com a obrigatoriedade da vacina corresponde ao fim do estado de emergência sanitária decretado por Washington em janeiro de 2020.
Os Estados Unidos são oficialmente o país que pagou o preço mais elevado devido à pandemia, com mais de um milhão de mortos.
Desde janeiro de 2021, ou seja, desde a posse do Presidente Joe Biden, “as mortes devido à covid-19 diminuíram 95% e as hospitalizações quase 91%”, explica o executivo norte-americano em comunicado.
Acrescenta que, num momento em que 270 milhões de norte-americanos receberam pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19, o país já não está “na mesma fase da resposta à pandemia” do que quando aquelas obrigações foram postas em prática.
As medidas tomadas para conter a pandemia de covid-19, e em particular a obrigação de vacinação, deram origem a debates políticos intensos nos Estados Unidos.
LUSA/HN
06/03/2023
A informação foi avançada pela organização do BNP Paribas Open, popularmente conhecido como Indian Wells, e pelo senador norte-americano Rick Scott, nas redes sociais.
O sérvio solicitou sem êxito uma isenção especial das autoridades norte-americanas, que lhe permitiria jogar em Indian Wells e Miami, entre 19 de março e 02 de abril.
A declaração de estado de emergência nos Estados Unidos devido à pandemia termina a 11 de maio, o que vai permitir a entrada no país a viajantes estrangeiros que não estejam vacinados contra a Covid-19.
LUSA/HN