11/01/2022
Estas cirurgias torácicas robóticas uniportais – por uma única incisão – aumentam a precisão do ato cirúrgico e aceleram a recuperação dos doentes com patologias complexas.
Depois de a Lusíadas Saúde ter reforçado o seu investimento em inovação com a aquisição do sistema Da Vinci, tecnologia mais avançada para cirurgia robótica assistida, o Hospital Lusíadas Lisboa alcança agora um novo marco com a aplicação da técnica uniportal, com inúmeras vantagens para os doentes, os cirurgiões e o sistema hospitalar.
Há dez anos, a técnica de porta única foi implementada pela primeira vez a nível mundial pelos cirurgiões cardiotorácicos Javier Gallego e Diego Gonzalez Rivas. Já a cirurgia torácica robótica uniportal só tinha sido realizada na Corunha pela mesma equipa de especialistas em setembro do ano passado.
Em Portugal, no Hospital Lusíadas Lisboa, os cirurgiões Javier Gallego e Diego Gonzalez Rivas realizaram agora a ressecção de um tumor do mediastino anterior e uma lobectomia pulmonar para tratamento de um cancro do pulmão.
“Os excelentes resultados do pós-operatório indicam que demos um grande passo na recuperação dos doentes, por haver uma única incisão de três centímetros, e ainda pela precisão do robot permitir aceder a lugares inacessíveis na cirurgia toracoscópica. A isto somamos a melhor visibilidade para o cirurgião, que está sentado numa consola com imagem de alta definição em 3D, com maior campo de visão e a aplicar uma menor invasão cirúrgica, permitindo uma maior segurança para o doente”, refere Javier Gallego, coordenador de cirurgia torácica do Hospital Lusíadas Lisboa.
PR/HN/Rita Antunes
24/11/2021
“Sendo uma técnica que combina a cirurgia minimamente invasiva tradicional, como a laparoscópica, com a utilização de um dispositivo robotizado, a cirurgia robótica apresenta vantagens a todos os níveis, como uma incisão mais precisa e uma recuperação mais rápida no pós-operatório, no caso dos procedimentos menos invasivos”, explica, em comunicado, o hospital.
“É através do sistema Da Vinci, a plataforma robótica que permite este tipo de intervenções, que a Lusíadas Saúde aposta nesta abordagem cirúrgica, que pode ser aplicada em várias áreas, sendo altamente recomendável para o tratamento do cancro da próstata ou do reto, em cirurgias urológicas ou gastrointestinais”, lê-se no mesmo comunicado.
Nuno Figueiredo, coordenador da Unidade de Cirurgia Geral do Hospital Lusíadas Lisboa, disse que “houve uma aposta muito importante na formação e na integração de um conjunto vasto de especialidades, desde a cirurgia torácica, a urológica, a ginecológica ou a cirurgia geral, que inclui a parte colorretal que é frequentemente utilizada”.
Com esta técnica cirúrgica, os doentes não só têm uma recuperação mais rápida e com menos dor, como a própria cirurgia, devido ao menor número de incisões, reduz as hipóteses de infeções no pós-operatório, com cicatrizes mais pequenas e menos tempo de internamento.
Assista ao vídeo do Grupo Lusíadas Saúde para saber mais sobre a nova plataforma robótica.
PR/HN/Rita Antunes
10/11/2020
De acordo com a Coordenadora do Centro Multidisciplinar em Cirurgia Endócrina, Rita Roque, a nova unidade cirúrgica pretende fornecer aos doentes uma resposta “personalizada e atualizada”. “A multidisciplinaridade é a pedra basilar deste grupo. Nesta área, raramente tratamos apenas um órgão, atuamos sim num sistema, tendo em conta a influência das hormonas na funcionalidade global do organismo”
A nova unidade permite que qualquer especialista possa referenciar, consultar ou solicitar o apoio do Centro Multidisciplinar de Cirurgia Endócrina para doentes ao seu cuidado com patologia benigna ou maligna de glândulas endócrinas, “garantindo assim um maior alcance a outros doentes e contribuindo para uma maior colaboração entre especialidades.”
Rita Roque justifica que a cirurgia endócrina exige uma relação estreita e dinâmica entre os vários profissionais de saúde envolvidos. “As particularidades da patologia endócrina cirúrgica, a raridade de algumas entidades e a especificidade do controlo hormonal pré e pós-operatório constituem desafios exigentes de diagnóstico e tratamento, só ultrapassados pela experiência da prática clínica, pela contínua atualização científica e técnica e pela multidisciplinaridade. Agora, é possível encontrarmos todos estes elementos reunidos nesta nova Unidade”.
A cirurgia endócrina é uma área de especialização da cirurgia geral dedicada ao tratamento cirúrgico de doenças da tiroide, da paratiroide, da glândula suprarrenal e dos tumores neuroendócrinos (que podem existir em qualquer órgão). As doenças da tiroide são as mais conhecidas e as mais frequentes, mas as decisões que se tomam, especialmente em doenças malignas envolvem pormenores que exigem experiência específica e constante atualização. As particularidades das doenças da paratiroide e da suprarrenal, e dos tumores neuroendócrinos, por serem menos frequentes, e até raros, requerem uma dedicação e aprofundamento específicos.
PR/HN
23/06/2020
Pela mão de Rui Campante Teles, médico que presidirá ao Comité de Treino e Certificação, o cardiologista de intervenção é um dos primeiros portugueses a assumir a coordenação de uma das áreas da EAPCI. É neste sentido que Eduardo Infante de Oliveira garante que a sua principal missão neste mandato é promover “ações de formação com conteúdos e formatos dirigidos aos jovens em formação e dar voz aos jovens cardiologistas de intervenção, levando as suas sugestões e ideias frescas a influenciar o futuro da associação”.
Sem esquecer a área da formação e o contexto atual de pandemia, Eduardo Infante de Oliveira afirma que quer manter o curso para internos e jovens especialistas em formação que antecede o Congresso anual da ESC. Para o cardiologista é essencial reforçar a área com “formatos não presenciais que permitam fazer chegar esta formação durante esta crise pandémica, tendo até potencial para se tornar uma oportunidade, aumentando as audiências e criando formatos mais atrativos”.
O especialista acrescenta que a sua chegada representa uma “mudança política” dentro do Comité. Eduardo Infante de Oliveira defende, por isso, um novo modelo que permita “aproveitar a experiência de quem já está noutra fase da carreira para proporcionar oportunidades mais consistentes a quem enfrenta o difícil desafio de construir uma carreira”.
O cardiologista destaca a importância de “estimular o contacto entre jovens cardiologistas de intervenção de forma a partilharem casos clínicos, conteúdos pedagógicos e darem os primeiros passos em iniciativas de investigação multicêntricas”, sublinhando que pretende ainda “promover este networking através das redes sociais, evitando o formalismo dos antigos métodos e estimulando a criatividade da nova geração”.
PR/HN/ Vaishaly Camões