Lusíadas Saúde realiza primeiras cirurgias torácicas robóticas uniportais em Portugal

Lusíadas Saúde realiza primeiras cirurgias torácicas robóticas uniportais em Portugal

Estas cirurgias torácicas robóticas uniportais – por uma única incisão – aumentam a precisão do ato cirúrgico e aceleram a recuperação dos doentes com patologias complexas.

Depois de a Lusíadas Saúde ter reforçado o seu investimento em inovação com a aquisição do sistema Da Vinci, tecnologia mais avançada para cirurgia robótica assistida, o Hospital Lusíadas Lisboa alcança agora um novo marco com a aplicação da técnica uniportal, com inúmeras vantagens para os doentes, os cirurgiões e o sistema hospitalar.

Há dez anos, a técnica de porta única foi implementada pela primeira vez a nível mundial pelos cirurgiões cardiotorácicos Javier Gallego e Diego Gonzalez Rivas. Já a cirurgia torácica robótica uniportal só tinha sido realizada na Corunha pela mesma equipa de especialistas em setembro do ano passado.

Em Portugal, no Hospital Lusíadas Lisboa, os cirurgiões Javier Gallego e Diego Gonzalez Rivas realizaram agora a ressecção de um tumor do mediastino anterior e uma lobectomia pulmonar para tratamento de um cancro do pulmão.

“Os excelentes resultados do pós-operatório indicam que demos um grande passo na recuperação dos doentes, por haver uma única incisão de três centímetros, e ainda pela precisão do robot permitir aceder a lugares inacessíveis na cirurgia toracoscópica. A isto somamos a melhor visibilidade para o cirurgião, que está sentado numa consola com imagem de alta definição em 3D, com maior campo de visão e a aplicar uma menor invasão cirúrgica, permitindo uma maior segurança para o doente”, refere Javier Gallego, coordenador de cirurgia torácica do Hospital Lusíadas Lisboa.

PR/HN/Rita Antunes

Hospital Lusíadas Lisboa realiza primeira cirurgia robótica

Hospital Lusíadas Lisboa realiza primeira cirurgia robótica

“Sendo uma técnica que combina a cirurgia minimamente invasiva tradicional, como a laparoscópica, com a utilização de um dispositivo robotizado, a cirurgia robótica apresenta vantagens a todos os níveis, como uma incisão mais precisa e uma recuperação mais rápida no pós-operatório, no caso dos procedimentos menos invasivos”, explica, em comunicado, o hospital.

“É através do sistema Da Vinci, a plataforma robótica que permite este tipo de intervenções, que a Lusíadas Saúde aposta nesta abordagem cirúrgica, que pode ser aplicada em várias áreas, sendo altamente recomendável para o tratamento do cancro da próstata ou do reto, em cirurgias urológicas ou gastrointestinais”, lê-se no mesmo comunicado.

Nuno Figueiredo, coordenador da Unidade de Cirurgia Geral do Hospital Lusíadas Lisboa, disse que “houve uma aposta muito importante na formação e na integração de um conjunto vasto de especialidades, desde a cirurgia torácica, a urológica, a ginecológica ou a cirurgia geral, que inclui a parte colorretal que é frequentemente utilizada”.

Com esta técnica cirúrgica, os doentes não só têm uma recuperação mais rápida e com menos dor, como a própria cirurgia, devido ao menor número de incisões, reduz as hipóteses de infeções no pós-operatório, com cicatrizes mais pequenas e menos tempo de internamento.

Assista ao vídeo do Grupo Lusíadas Saúde para saber mais sobre a nova plataforma robótica.

PR/HN/Rita Antunes

Hospital Lusíadas Lisboa abre novo Centro Multidisciplinar dedicado à Cirurgia Endócrina

Hospital Lusíadas Lisboa abre novo Centro Multidisciplinar dedicado à Cirurgia Endócrina

De acordo com a Coordenadora  do Centro Multidisciplinar em Cirurgia Endócrina, Rita Roque, a nova unidade cirúrgica pretende fornecer aos doentes uma resposta “personalizada e atualizada”. “A multidisciplinaridade é a pedra basilar deste grupo. Nesta área, raramente tratamos apenas um órgão, atuamos sim num sistema, tendo em conta a influência das hormonas na funcionalidade global do organismo”

A nova unidade permite que qualquer especialista possa referenciar, consultar ou solicitar o apoio do Centro Multidisciplinar de Cirurgia Endócrina para doentes ao seu cuidado com patologia benigna ou maligna de glândulas endócrinas, “garantindo assim um maior alcance a outros doentes e contribuindo para uma maior colaboração entre especialidades.”

Rita Roque justifica que a cirurgia endócrina  exige uma relação estreita e dinâmica entre os vários profissionais de saúde envolvidos. “As particularidades da patologia endócrina cirúrgica, a raridade de algumas entidades e a especificidade do controlo hormonal pré e pós-operatório constituem desafios exigentes de diagnóstico e tratamento, só ultrapassados pela experiência da prática clínica, pela contínua atualização científica e técnica e pela multidisciplinaridade. Agora, é possível encontrarmos todos estes elementos reunidos nesta nova Unidade”.

A cirurgia endócrina é uma área de especialização da cirurgia geral dedicada ao tratamento cirúrgico de doenças da tiroide, da paratiroide, da glândula suprarrenal e dos tumores neuroendócrinos (que podem existir em qualquer órgão). As doenças da tiroide são as mais conhecidas e as mais frequentes, mas as decisões que se tomam, especialmente em doenças malignas envolvem pormenores que exigem experiência específica e constante atualização. As particularidades das doenças da paratiroide e da suprarrenal, e dos tumores neuroendócrinos, por serem menos frequentes, e até raros, requerem uma dedicação e aprofundamento específicos.

PR/HN

Médico português integra direção da Associação Europeia de Cardiologia de Intervenção Percutânea

Médico português integra direção da Associação Europeia de Cardiologia de Intervenção Percutânea

Pela mão de Rui Campante Teles, médico que presidirá ao Comité de Treino e Certificação, o cardiologista de intervenção é um dos primeiros portugueses a assumir a coordenação de uma das áreas da EAPCI. É neste sentido que Eduardo Infante de Oliveira garante que a sua principal missão neste mandato é promover “ações de formação com conteúdos e formatos dirigidos aos jovens em formação e dar voz aos jovens cardiologistas de intervenção, levando as suas sugestões e ideias frescas a influenciar o futuro da associação”.

Sem esquecer a área da formação e o contexto atual de pandemia, Eduardo Infante de Oliveira afirma que quer manter o curso para internos e jovens especialistas em formação que antecede o Congresso anual da ESC. Para o cardiologista é essencial reforçar a área com “formatos não presenciais que permitam fazer chegar esta formação durante esta crise pandémica, tendo até potencial para se tornar uma oportunidade, aumentando as audiências e criando formatos mais atrativos”.

O especialista acrescenta que a sua chegada representa uma “mudança política” dentro do Comité. Eduardo Infante de Oliveira defende, por isso, um novo modelo que permita “aproveitar a experiência de quem já está noutra fase da carreira para proporcionar oportunidades mais consistentes a quem enfrenta o difícil desafio de construir uma carreira”.

O cardiologista destaca a importância de “estimular o contacto entre jovens cardiologistas de intervenção de forma a partilharem casos clínicos, conteúdos pedagógicos e darem os primeiros passos em iniciativas de investigação multicêntricas”, sublinhando que pretende ainda “promover este networking através das redes sociais, evitando o formalismo dos antigos métodos e estimulando a criatividade da nova geração”.

PR/HN/ Vaishaly Camões