Hábitos ‘online’ causam ansiedade a metade dos jovens, mas pais não o reconhecem

Hábitos ‘online’ causam ansiedade a metade dos jovens, mas pais não o reconhecem

“Há uma discrepância muito grande entre aquilo que são os sintomas que os jovens sentem pela sua atividade” e as “respostas dos progenitores”, realçou à Lusa Marta Mesquita, porta-voz da revista da associação de consumidores.

A Deco Proteste enviou um questionário ‘online’ a mais de 1.400 pessoas entre maio e julho de 2022, obtendo 937 respostas válidas relativamente ao universo dos pais.

“Nós enviámos dois questionários. O inquérito para os adolescentes enviámos em setembro e outubro de 2022. Tivemos uma validação de 487 respostas”, disse Marta Mesquita.

Segundo a porta-voz da Deco Proteste, o teste foi também desenvolvido na Bélgica, Itália e Espanha.

“Quando questionados, 65% dos adolescentes reconhecem sofrer, pelo menos, de um problema causado, parcialmente, pelos hábitos ‘online’”, sustenta o estudo.

Além da disparidade verificada na ansiedade, 34% dos jovens também já reconheceu mudanças de humor, contudo só 18% dos pais as identificaram.

“Globalmente, os pais atribuem 8,4 pontos em 10, à saúde mental dos descendentes, mas estes ficam-se pelos 6,8 pontos”, sublinha.

No estudo, a Deco Proteste explica que, na saúde física e na qualidade de vida, a diferença é menor, apontando que “as raparigas aparentam viver piores condições, nas dimensões referidas, do que os rapazes”.

Também sustenta que a grande maioria dos jovens acede à Internet através do telemóvel, “um em quatro não tem computador para qualquer atividade ‘online’ e 11% nem possuem um dispositivo partilhado”.

“No tempo que os jovens despendem mergulhados no mundo virtual, não existem grandes diferenças entre a visão dos pais e a dos filhos: de ambos os lados, estimam a mesma duração de segunda a sexta e aos fins de semana: em média, respetivamente, 02:47 e 03:40 [horas]”, refere.

Em relação ao tempo passado ‘online’ e àquele que é gasto nos estudos, a diferença é de apenas de 10%.

“A Internet é a fachada conhecida para outros exercícios que não escolares. Embora haja uma margem de crédito da parte dos pais, a diferença é superior a 10% entre o tempo que pensam que os filhos consagram aos estudos e aquele que realmente passam a fazê-lo: 88% contra 75%, respetivamente”, indica.

“Se os rapazes usam a internet sobretudo para jogar em grupo, as raparigas preferem-na para fazer compras. Os jovens também visitam mais ‘sites’ para adultos”, frisa.

De acordo com a análise, a maioria dos adolescentes usa cerca de quatro redes sociais, mas a “consciência desse número só atinge cerca de um terço dos pais, contra mais de metade dos jovens”.

“O que se julga conhecer sobre as redes visitadas é dissemelhante em 30%, no caso, por exemplo, da Discord. Com a mesma percentagem de “desafinação”, a presença no Facebook é sobrevalorizada pelos pais, uma vez que os jovens, na realidade, migraram para outras redes. A média diária de permanência nas redes sociais supera as duas horas para 61% dos adolescentes”, anota.

Relativamente a mensagens eróticas via telemóvel – sexting, abreviação de sex e texting –, 48% dos progenitores “pais afirmam ter abordado o assunto, enquanto só 27% dos adolescentes confirmaram essa conversa”.

“Face ao tempo passado online, e que, de acordo com 40% dos adolescentes, aumentou durante a pandemia, não admirará a exposição a tais perigos”, sublinha.

LUSA/HN

Teletrabalho vai ser alargado a pais com filhos com deficiência ou doença crónica

Teletrabalho vai ser alargado a pais com filhos com deficiência ou doença crónica

A proposta dos socialistas foi aprovada, na especialidade, no grupo de trabalho sobre alterações laborais no âmbito da Agenda do Trabalho Digno, que hoje deve concluir os trabalhos, depois de uma maratona de reuniões desde novembro.

“O trabalhador com filho até três anos ou, independentemente da idade, com filho com deficiência ou doença crónica que com ele viva em comunhão de mesa e habitação, tem direito a exercer a atividade em regime de teletrabalho, quando este seja compatível com a atividade desempenhada e o empregador disponha de recursos e meios para o efeito”, prevê a proposta do PS.

O PS rejeitou, no entanto, uma proposta do PSD que pretendia incluir neste artigo o direito ao teletrabalho a pessoas com filhos com doença oncológica, chumbando assim a iniciativa dos social-democratas, que mereceu os votos favoráveis dos restantes partidos.

“Não conseguimos compreender e lamentamos o PS não ter acolhido a nossa proposta”, disse a deputada do PSD Clara Marques Mendes.

Também os deputados do BE José Soeiro e do PCP Alfredo Maia lamentaram o ‘chumbo’ da proposta do PSD para incluir os doentes oncológicos no direito ao teletrabalho, apesar de referirem o “avanço” conseguido com a proposta do PS.

As alterações à legislação laboral vão a votação final global na sexta-feira e devem entrar em vigor em abril.

Em 2021, quando o regime de teletrabalho foi alterado, passou a abranger, além dos pais com filhos até três anos, os pais com filhos até aos oito anos, sem necessidade de acordo com o empregador, desde que exercido por ambos os progenitores “em períodos sucessivos de igual duração num prazo de referência máxima de 12 meses”.

O teletrabalho foi também alargado na altura às famílias monoparentais ou situações em que apenas um dos progenitores, comprovadamente, reúna condições para o exercício da atividade em regime de teletrabalho”.

Este alargamento feito em 2021 exclui, no entanto, os trabalhadores das microempresas, ou seja, empresas com menos de dez funcionários.

Também os trabalhadores com estatuto de cuidador informal não principal passaram a ter direito a exercer funções em teletrabalho, pelo período máximo de quatro anos seguidos ou interpolados.

LUSA/HN

Ministro confiante de que é possível manter maternidades a funcionar

Ministro confiante de que é possível manter maternidades a funcionar

“Estamos muito tranquilos sobre isso. Aquilo que queremos é o melhor atendimento possível em cada sítio. E as pessoas têm a noção de que as medidas que tomamos, em cada momento, correspondem a essa ambição”, afirmou Manuel Pizarro no final de uma vista ao Hospital Amato Lusitano, em Castelo Branco.

Em declarações aos jornalistas, o governante salientou que, neste momento, “as maternidades estão a funcionar em pleno”.

“Eu estou satisfeito com isso e temos de garantir que isso continuará a ser assim no futuro e que, em cada momento, as futuras mães são atendidas com qualidade e segurança como sempre aconteceu no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que mudou a qualidade da saúde materno infantil em Portugal e tem de continuar a ser assim no futuro”, frisou.

Em outubro, o grupo de peritos encarregue de propor uma solução para as urgências de obstetrícia e blocos de partos nos hospitais do SNS propôs ao Governo o fecho do atendimento em dois hospitais da Grande Lisboa e dois na área geográfica da administração regional do Centro (Castelo Branco e Guarda).

Manuel Pizarro sublinhou que para já todas as maternidades estão abertas, com condições de segurança e de qualidade.

“Eu venho aqui para reforçar o hospital de Castelo Branco, não para o diminuir. A maternidade está aberta e está aberta todos os dias. Vamos manter a confiança de que e possível manter os serviços em funcionamento. É nisso que estamos concentrados”, disse.

O ministro adiantou ainda que serão tomadas “as decisões que forem necessárias” para garantir “a qualidade e a segurança”.

Questionado sobre a carta que o Sindicato Democrático dos Enfermeiros lhe endereçou recentemente a exigir a reabertura de negociações, disse que “a porta do Ministério da Saúde está sempre aberta para negociar com os profissionais”.

“Confesso que não vi a carta, mas vi a notícia. Os profissionais são o coração do SNS. Em dezembro concluímos um acordo muito importante com uma grande parte muito importante dos sindicatos de enfermeiros. Esse acordo permitiu o reforço da posição salarial de quase 20 mil enfermeiros”, disse.

O governante prometeu que irá continuar a trabalhar para chegar a uma plataforma de entendimento com a maior parte dos profissionais: “Não tenho nenhuma dúvida sobre isso”.

A visita do ministro da Saúde ao HAL decorreu no âmbito do programa “Governo Mais Próximo”, que se realiza entre quarta-feira e hoje no distrito de Castelo Branco, com mais de 40 iniciativas em que estarão presentes membros do executivo.

O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal anunciou esta semana ter enviado uma carta ao ministro da Saúde a exigir a reabertura de negociações, numa altura em que, afirma, a vontade dos enfermeiros de avançar para a greve “supera até a dos sindicatos”.

LUSA/HN

Centro do Bebé investe um milhão de euros em unidade no centro de Lisboa

Centro do Bebé investe um milhão de euros em unidade no centro de Lisboa

“O crescimento da marca Centro do Bebé surge no contexto da aposta por parte do primeiro fundo de investimento exclusivamente dedicado à saúde em Portugal, com base num plano de expansão do projeto que prevê mais novidades já no primeiro semestre de 2023”, destacou, em resposta à Lusa.

“Equipada com uma ampla gama de especialidades clínicas, atividades e formações para pais e cuidadores, a nova unidade foi construída de raiz e é a mais completa a nível nacional na área da perinatalidade”, de acordo com uma nota, que explica que o centro é dedicado “a apoiar as famílias desde o planeamento da gravidez até ao final da primeira infância”.

O novo espaço do Centro do Bebé situa-se no centro da cidade, na zona do Saldanha.

LUSA/HN

Maternidade Alfredo da Costa responsável por mais de três mil nascimentos em 2021

Maternidade Alfredo da Costa responsável por mais de três mil nascimentos em 2021

A MAC comemora 90 anos esta segunda-feira. Em comunicado, a instituição destaca o seu papel da liderança e “inovação e boas práticas no campo da Neonatologia, Ginecologia e Obstetrícia”.

Na segunda-feira será celebrado o 90º aniversário da Maternidade Dr. Alfredo da Costa.

No evento irão estar presentes o Secretário de Estado da Saúde, membros do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, diretores clínicos, entre outros.

PR/HN/VC