20/06/2022
“A indicação que nós temos da Direção Nacional de Saúde [DNS] é que não seria impactante neste momento o retorno das máscaras, mas quando fizemos o alívio da última medida, houve essa recomendação no sentido da autoproteção”, recordou Ulisses Correia e Silva.
O país voltou em 06 de março à situação de alerta, o menos grave de três níveis, mantendo atualmente um nível “mínimo” de restrições devido à pandemia de Covid-19, deixando de ser obrigatório a utilização de máscara na via pública e, já no final de abril, também em espaços fechados.
Nas últimas semanas os casos têm aumentado, tendo o país 1.030 casos ativos de infeção, quando há uma semana tinha 498 e há duas semanas 244.
O primeiro-ministro, que recentemente foi infetado com a Covid-19, insistiu que em sítios fechados recomenda-se o uso de máscaras, bem como a adoção de outras medidas, como o distanciamento físico e lavagem e higienização das mãos.
“Acho que nós todos temos de fazer esse esforço adicional, individual, para podermos proteger-nos, sem prejuízo de medidas que possam ser mais restritivas, mas que não se justificam neste momento”, afirmou.
Em 10 de junho, o Governo anunciou um “aumento progressivo” de casos ativos nas últimas duas semanas e a partir de 01 de julho vai passar a exigir certificado de terceira dose de vacina para viagens interilhas.
Desde o início da pandemia no país em 20 de março de 2020, já foram registados um total de 58.176 casos positivos acumulados, dos quais 56.692 foram dados como recuperados e 402 resultaram em óbito.
LUSA/HN
13/06/2022
António Costa foi confrontado com este tema pelos jornalistas após ter sido recebido pelo primeiro-ministro, Boris Johnson, mas não quis pronunciar-se de forma pormenorizada sobre o assunto.
“Fora de Portugal não falo sobre problemas nacionais, mesmo quando são graves. Hoje, estão a decorrer várias reuniões de trabalho no Ministério da Saúde para responder a esses problemas. O Governo está a trabalhar”, respondeu o líder do executivo, não tendo adiantado mais nada sobre esta questão.
A ministra da Saúde, Marta Temido, começou ao início da tarde as reuniões com os sindicatos e a Ordem dos Médicos, na sequência do encerramento das urgências de Ginecologia e Obstetrícia em alguns hospitais na região de Lisboa.
Durante a manhã, a ministra da Saúde esteve reunida como diretores clínicos de vários hospitais da região de Lisboa, disse à Lusa fonte do Ministério da Saúde.
A reunião ocorreu nas instalações da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), na Avenida Estados Unidos da América, em Lisboa e à saída Marta Temido não quis prestar declarações.
A reunião com a Ordem dos Médicos, os sindicatos e as administrações regionais de saúde está a decorrer no Ministério da Saúde, em Lisboa.
À entrada para a reunião na ARSLVT, em Lisboa, Marta Temido não quis prestar comentários aos jornalistas, afirmando apenas: “Trabalhar…trabalhar… não há quaisquer comentários neste momento”.
Na sexta-feira, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo alertou para constrangimentos no funcionamento dos serviços de obstetrícia e ginecologia, até hoje, em vários hospitais na região de Lisboa.
Nesse dia, foi noticiado o caso de uma grávida que perdeu o bebé alegadamente por falta de obstetras no hospital das Caldas da Rainha, o que levou o Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste a abrir um inquérito e a participar a situação participando à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).
A ARSLVT referiu hoje que, até ao final do dia de hoje, “haverá períodos em que alguns hospitais estarão a funcionar com limitações, ou seja, a desviar a sua urgência externa de Obstetrícia/Ginecologia para outras unidades da Região, que assegurarão a resposta do SNS [Serviço Nacional de Saúde]”.
Entre 10 e 12 de junho foram efetuados 192 partos nas 13 maternidades da região, adianta, apelando “à compreensão dos utentes” e lamentando, desde já, o constrangimento que, apesar de todos os meios disponibilizados, disse não ter sido possível ultrapassar.
LUSA/HN
12/06/2022
Por motivos de saúde, o primeiro-ministro cancelou a sua agenda a partir de quarta-feira e esteve impedido de participar nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas na sexta-feira e no sábado, em Braga e em Londres.
“O primeiro-ministro, António Costa, retoma a sua agenda segunda-feira, com uma deslocação a Londres, onde será recebido pelo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson. O encontro realiza-se ao início da tarde na residência oficial do primeiro-ministro britânico – 10 Downing Street”, lê-se na nota.
No sábado, a agência Lusa avançou que os primeiros-ministros do Reino Unido e de Portugal preparam-se para fechar na segunda-feira, em Londres, um acordo político global para regular as relações bilaterais luso-britânicas após a saída do Reino Unido da União Europeia.
“Está a ser preparado um acordo chapéu entre os dois países, com particular incidência nas áreas da Defesa, política externa, ciência, Ensino Superior e alterações climáticas, em especial os oceanos”, adiantou à agência Lusa o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, no final de uma visita ao Royal Brompton Hospital, em Londres, em que acompanhou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Também no sábado, mas ao início da noite, o Presidente da República considerou que o primeiro-ministro tem amadurecidas as condições para fechar um acordo global bilateral com o Reino Unido e defendeu que Portugal pode ser dentro da União Europeia ponte com este país.
Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas na embaixada de Portugal em Londres, depois de questionado sobre a possibilidade de os primeiros-ministros António Costa e Boris Johnson concluírem na segunda-feira um acordo político global sobre o novo quadro de cooperação entre os dois países.
“O primeiro-ministro [António Costa] e o Governo português têm trabalhado muito nisso com o primeiro-ministro, Boris Johnson, e com o Governo britânico. Como o primeiro-ministro [português] estará em Londres na segunda-feira, isto significa que tem amadurecidas as condições para um passo em frente no sentido de um acordo”, defendeu o chefe de Estado.
Interrogado sobre a possibilidade de Portugal e o Reino Unido concluírem em breve um acordo bilateral também do ponto de vista comercial, embora sem colidir com as regras da União Europeia em relação a países terceiros, Marcelo Rebelo de Sousa declarou que tal “é possível”.
“E já começou a ser preparado no anterior Governo, presidido pelo mesmo primeiro-ministro. Naquilo que não entra em confronto com a União Europeia, cada Estado-membro é livre de ter relações bilaterais”, frisou o chefe de Estado.
Neste ponto, o Presidente da República fez questão de apontar que “isso já aconteceu quanto a direitos variados, até políticos, de cidadãos britânicos em Portugal e de portugueses no Reino Unido.
De acordo com Marcelo Rebelo de Sousa, o acordo global a fechar entre Portugal e o Reino Unido, “não contradiz” as regras da pertença do país à União Europeia”.
“Esse acordo completa, mostrando que Portugal pode ser uma ponte muito interessante com o aliado tradicional Reino Unido dentro da União Europeia”, completou.
LUSA/HN
11/06/2022
Pitarma foi condecorado por Marcelo Rebelo de Sousa com a Ordem de Mérito com o grau de Oficial.
“É o reconhecimento do esforço e do trabalho árduo feito ao longo destes anos. Sinto-me orgulhoso do trabalho que fiz e da condecoração que recebi”, disse Luís Pitarma à agência Lusa.
Pouco depois de receber alta do hospital de St. Thomas, em Londres, onde esteve internado uma semana em abril de 2020 devido a um agravamento dos sintomas, incluindo três noites nos cuidados intensivos, Boris Johnson publicou um vídeo na rede social Twitter a agradecer aos vários profissionais de saúde que considerou lhe terem salvado a vida, destacando o português, a quem chamou “Luís, de Portugal”.
“Eu cuidei do primeiro-ministro como trataria de outra pessoa qualquer”, garantiu Pitarma, partilhando a distinção com os muitos outros enfermeiros portugueses que trabalham no Reino Unido: “Tenho a certeza que os meus colegas fazem um trabalho tão excelente quanto aquele que eu fiz”.
Passados dois anos deste o incidente, revelou que o caso ainda é motivo de “brincadeiras” com os colegas de trabalho, mas não escondeu que ficou irritado com o recente escândalo das festas ilegais durante a pandemia na residência de Johnson em Downing Street.
“Não acho que tenha sido a melhor atitude. Deveria haver um bocadinho mais de consideração, um pouco mais de respeito pelo povo britânico e por todas as pessoas que se esforçaram a combater esta pandemia, sobretudo no Reino Unido”, declarou.
No evento de celebração do Dia de Portugal em Londres com a comunidade portuguesa, também foi distinguido o bailarino Marcelino Sambé, com Ordem Militar de Sant’Iago da Espada com o grau de Cavaleiro.
A coordenadora-geral do Ensino no Reino Unido, Regina Duarte, fundadora da Escola Anglo-Portuguesa de Londres, e a académica Susana Frazão Pinheiro foram feitas comendadoras da Ordem de Instrução Pública.
O Presidente da República encontra-se em Londres entre hoje e domingo para as celebrações do Dia de Portugal com a comunidade portuguesa do Reino Unido.
Quando assumiu a chefia do Estado, em 2016, Marcelo Rebelo de Sousa lançou, em articulação com António Costa, e com a participação de ambos, um modelo inédito de duplas comemorações do 10 de Junho, primeiro em Portugal e depois junto de comunidades portuguesas no estrangeiro.
Em 2016 decorreram entre Lisboa e Paris, em 2017 entre o Porto e o Brasil, em 2018 entre os Açores e os Estados Unidos da América e em 2019 entre Portalegre e Cabo Verde. Em 2020 e no ano passado, por causa da pandemia da Covid-19, Marcelo e Costa suspenderam a sua participação no 10 de Junho fora do país.
Hoje, o Presidente da República começa a manhã na Escola Anglo-Portuguesa de Londres, seguindo depois para o Royal Brompton & Harefield Hospital e almoça com representantes da comunidade portuguesa ligados às artes.
Na parte da tarde, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa visita o Imperial College – último ponto do programa oficial até agora definido. No domingo, pelas 12:00, o Presidente da República parte para Andorra.
LUSA/HN
12/05/2022
Esta atualização sobre a chamada Operação Hillman indica que emitiu mais 50 multas desde o mês passado, quando o primeiro-ministro, a esposa, Carrie, e o ministro das Finanças, Rishi Sunak, foram multados por terem participado numa festa de aniversário surpresa a Boris Johnson a 19 de junho de 2020, quando o país ainda estava sob confinamento.
A polícia acrescenta que a investigação continua em curso.
O chamado “partygate” causou uma onda de indignação entre os britânicos, impedidos de se encontrar com amigos e familiares durante meses em 2020 e 2021 para conter a propagação da Covid-19.
Dezenas de milhares de pessoas foram multadas pela polícia por desrespeitarem as regras.
Boris Johnson pediu desculpa mas negou ter violado as regras conscientemente, recusando demitir-se.
Um inquérito parlamentar foi aberto sobre se mentiu aos deputados quando desmentiu a existência da irregularidades, ofensa que normalmente resulta em demissão.
LUSA/HN