12/05/2023
Em comunicado enviado às redações, a propósito de uma audiência que o autarca socialista concedeu à Liga dos Amigos do Hospital de Viana do Castelo (LAHVC), que já reuniu 30 mil assinaturas num abaixo-assinado a reclamar a instalação daquele serviço no hospital de Santa Luzia, em Viana do Castelo, Luís Nobre assegurou ainda que irá reportar esta “necessidade” à Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Minho.
Segundo a nota, Luís Nobre manifestou-se “sensibilizado com os argumentos do abaixo-assinado para a criação de um serviço de radioterapia e garantiu que irá apresentar junto da tutela e da CIM do Alto Minho aquelas preocupações”.
“Tanto mais que o ministro da Saúde é um profissional da área e, certamente, entenderá a necessidade registada pela LAHVC, que precisa de enquadramento técnico por se tratar de uma área muito específica”, sustenta a nota.
Luís Nobre “comprometeu-se a levar o assunto à tutela, de forma a reforçar as diligências recentemente tomadas pela LAHVC junto do próprio ministro”.
Em março, a LAHVC apelou a Manuel Pizarro para a criação daquele serviço, sendo que o governante deixou a promessa de que iria estudar o assunto.
Na altura, o presidente da Assembleia Geral da LAHVC, Defensor Moura, entregou “em mãos” ao ministro da Saúde uma exposição com três páginas a reivindicar a instalação do serviço de radiologia no hospital de Santa Luzia, na capital do Alto Minho.
No documento refere-se que “o hospital de Viana do Castelo carece de dois aparelhos para tratar adequada e atempadamente os 400 novos doentes oncológicos que surgem no distrito todos os anos”.
Segundo a LAHVC, por ano, surgem 400 novos doentes oncológicos no distrito de Viana do Castelo que fazem, em média, 25 sessões de radioterapia.
“São 10 mil tormentosas viagens de ida e volta ao Porto ou a Braga (…). Cerca de mais 1.400.000 quilómetros de viagem, realizados em transporte individual ou em veículos coletivos (…) São, também, mais 1.400.000 quilómetros de transportes com muito elevados custos suportados pelo orçamento do Serviço Nacional de Saúde (SNS). São malefícios demais para os doentes e familiares, para o erário público e para o meio ambiente, que podem ser minimizados com a instalação de um Serviço de Radioterapia no Hospital de Viana do Castelo”, defende a direção da LAHVC.
A ULSAM gere os hospitais de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o hospital Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima. Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, servindo uma população residente de 231.488 habitantes nos 10 concelhos do distrito e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.
04/05/2023
O especialista do Instituto de Imagem Biomédica e Investigação Translacional da Universidade de Coimbra vai desenvolver o projeto “BS2C/Estimulação cerebral não invasiva para deficiência cognitiva social na esquizofrenia”, em parceria com o Biological Affect Modulation Lab da University of Pittsburgh, School of Medicine.
Nuno Madeira foi o vencedor do FLAD Sicence Award Mental Health 2023 e vai receber 300 mil euros, ao longo de três anos, para desenvolver aquele estudo, que visa testar, num ensaio clínico, um protocolo inovador de tratamento dos sintomas cognitivo-sociais da esquizofrenia, com recurso a estimulação magnética transcraniana.
Em comunicado, a Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD) adianta que a equipa do psiquiatra de Coimbra vai usar aquela técnica de neuroestimulação cerebral, cada vez mais disponível em Portugal, nomeadamente nos hospitais públicos.
“Este projeto é especialmente relevante, tendo em consideração que as perturbações psicóticas como a esquizofrenia afetam cerca de uma em cada 100 pessoas, e podem ser extremamente incapacitantes, sobretudo quando não tratadas”, refere a nota.
Segundo a FLAD, que atribui o prémio, o objetivo é desenvolver “uma arma terapêutica eficaz na disfunção cognitiva social, sem necessidade de internamento ou outros procedimentos complexos, e que poderá, num futuro breve, ser disponibilizada a pessoas com esquizofrenia, em Portugal e noutros países”.
Em 2021, em plena pandemia Covid-19, aquela fundação decidiu abrir um novo caminho para a investigação clínica em saúde mental em Portugal, criando o maior prémio na área, com uma linha de financiamento de 300 mil euros.
O FLAD Science Award Mental Health mereceu o reconhecimento da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
LUSA/HN
02/05/2023
“Esta diferenciação técnica permite alargar a oferta terapêutica aos nossos doentes e, também, aumentar a atratividade deste centro hospitalar na fixação de profissionais de saúde nesta região”, afirmou, citado em comunicado, Luís Machado, responsável pela Unidade de Angiologia e Cirurgia Vascular do CHTMAD.
A técnica de ‘Chimney’ é, segundo foi explicado no comunicado, “altamente diferenciada” e “cuja indicação terapêutica é direcionada para pacientes com situação clínica muito específica, constituindo um desafio pela sua complexidade, riscos e custos acrescidos”.
Por sua vez, o aneurisma da aorta é “uma dilatação anormal da principal artéria do abdómen que, sendo progressiva, aumenta o risco de rotura e, consequentemente, o risco de morte”.
Trata-se, de acordo com o CHTMAD, “um problema de saúde que afeta, sobretudo, homens com mais de 60 anos, fumadores”.
O centro hospitalar explicou que, nestes casos, as soluções disponíveis de tratamento são a cirurgia convencional e a cirurgia endovascular, sendo que, esta última, permite o tratamento de uma forma “menos invasiva e é utilizada em doentes com maior risco cirúrgico”.
Em 2022, o CHTMAD tratou, nas duas modalidades, cerca de 20 doentes com aneurismas da aorta abdominal.
O conselho de administração do centro hospitalar, com sede social em Vila Real e que agrega os hospitais de Chaves e de Lamego, congratulou-se pela “melhoria alcançada na prestação de cuidados de saúde à população da região de Trás-os-Montes e Alto Douro.
NR/HN/Lusa
28/04/2023
0“A grande vantagem da eletroporação focal é que permite usar os cateteres que usamos todos os dias, sem aumentar muito o custo e com uma grande eficácia”, adiantou o chefe do Serviço de Cardiologia e diretor da Unidade de Arritmologia de Intervenção do Hospital de Santa Cruz, que integra o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO).
Segundo o especialista, a eletroporação começou a ser utilizada no Hospital Santa Cruz há seis meses e neste momento está a ter “uma evolução”, nomeadamente “tratar das arritmias mais complexas, com os utensílios mais apropriados e com energia mais segura e tendencialmente mais eficaz”.
Já foram feitos três tratamentos com esta terapêutica inovadora. O primeiro foi para testar a qualidade do tratamento, num doente com fibrilhação auricular.
“Ficámos muito bem impressionados. Os outros dois foram para tratar doentes que estavam à espera deste tratamento há algum tempo porque tinham tido recidivas de taquicardia ventricular após terem sido submetidos a ablações convencionais com radiofrequência. Um deles já teve alta do hospital”, salientou o cardiologista.
Pedro Adragão explicou que “a taquicardia ventricular é uma arritmia em que o coração bate depressa, muitas vezes relacionada com cicatrizes que estão no ventrículo”, sendo a causa mais frequente dessas cicatrizes o doente ter tido um enfarte do miocárdio.
“Passados anos, essa cicatriz pode levar ao aparecimento de ritmos muito rápidos e que têm risco de vida. As pessoas vão sentir-se mal e podem mesmo morrer subitamente”, salientou.
Para tratar essas taquicardias, há várias formas, sendo a “mais eficiente” tentar modificar a cicatriz, através de cateterismo.
“A forma de eliminar essa taquicardia é aplicar energia, atualmente a ablação com radiofrequência. Esta energia provoca uma queimadura e destrói as células musculares que mantêm a taquicardia”.
Contudo, a técnica tem várias limitações, nomeadamente a dificuldade de penetrar nos tecidos com cicatriz e em tratar toda a parede do músculo cardíaco, tendo por isso uma taxa de recidiva elevada: Um terço dos doentes vai voltar a ter taquicardias, disse.
A eletroporação focal é baseada numa descarga elétrica com “uma voltagem muito alta” e consegue obter o mesmo efeito sem ter efeito térmico e sem fazer coagulação.
“Faz uma necrose que é parecida com a apoptose (do envelhecimento celular), que atravessa melhor a cicatriz e que tem capacidade de penetrar profundamente nos tecidos. Eventualmente pode ser mais eficaz a evitar recidivas”, realçou.
Segundo disse, os médicos estão esperançados porque, por um lado, a técnica “é menos arriscada, não provoca coágulos e, por outro lado, tem uma capacidade ainda não totalmente conhecida, mas muito esperada de fazer uma lesão homogénea”.
“Se isso for obtido estamos numa inovação que vai permitir tratar melhor os doentes com mais eficácia e com menos risco e isso é muito importante porque estes doentes estão muitas vezes muito tempo internados, usam unidades de cuidados intensivos e têm um mau prognóstico, com uma mortalidade muito elevada”, sublinhou.
LUSA/HN
28/04/2023
A informação divulgada indica que a decisão partiu de uma denúncia recebida pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) e que o produto em causa está indevidamente classificado como cosmético, pois atendendo à sua designação, composição, função e modo de aplicação trata-se de um medicamento à base de plantas.
O responsável pelo produto é a empresa Okbio, Soluções Alimentares Unipessoal, Lda.
O Infarmed diz que as entidades que disponham deste produto não o devem disponibilizar e aconselha os consumidores que o tenham adquirido a não o utilizarem.
O salicilato de metilo é usado em produtos para a pele (loção corporal, aerossol/spray), capilares e para lavagem de mãos e da boca, maquilhagem para os olhos e rosto, desodorizantes, dentífricos, produtos para lavagem bucal e pulverizadores bucais, mas as concentrações estão limitadas consoante o tipo de produto e a zona do corpo em que se aplica.
LUSA/HN