Celebrações do 25 de Abril permitem afastamento social sem obrigatoriedade de máscaras

23 de Abril 2020

Lisboa, 23 abr 2020 (Lusa) – A diretora-geral da Saúde disse hoje que as pessoas que estarão nas celebrações do 25 de Abril na Assembleia da República podem não usar máscaras de proteção porque o ”edifício é grande” e pode ser cumprido o distanciamento social.

Lisboa, 23 abr 2020 (Lusa) – A diretora-geral da Saúde disse hoje que as pessoas que estarão nas celebrações do 25 de Abril na Assembleia da República podem não usar máscaras de proteção porque o ”edifício é grande” e pode ser cumprido o distanciamento social.

“É um edifício grande, tem uma área e uma cubicagem grande, tem uma parte de baixo e galerias e estarão garantidas todas as condições para que as pessoas estejam em distanciamento social. Existem circuitos de entrada e de saída. As pessoas não se cruzam necessariamente”, afirmou Graça Freitas na conferência de imprensa diária de atualização de informação sobre a pandemia de covid-19.

Segundo a diretora-geral da saúde “os serviços da Assembleia da República são completamente autónomos nessa decisão, mas têm um plano de contingência excelente”.

Graça Freitas deu mesmo como exemplo o que acontece nas conferências de imprensa diárias no Ministério da Saúde.

“Estamos aqui todos e nenhum de nós está a usar máscara. Porquê? Porque dentro desta sala, conseguimos, com a lotação que tem, manter o distanciamento social. Não estamos com máscara. Estamos a cumprir as outras regras, lavamos as mãos antes de entrar aqui, temos solução alcoólica, desinfetamos as superfícies e é o que se vai passar exatamente na Assembleia da República”, acrescentou.

A DGS recomenda a utilização de máscaras sociais em espaços fechados e transportes públicos, quando é impossível manter o distanciamento social, mas sempre em complemento das outras medidas de proteção definidas para o combate à pandemia.

Sobre a sugestão do ministro do Ensino Superior de testar a imunidade dos estudantes para “transmitir confiança” no regresso às aulas presenciais, em entrevista ao Observador, o secretário de Estado da Saúde concordou.

“Dada a importância que os testes serológicos terão na avaliação da imunização da população, as instituições poderão perfeitamente fazer os seus testes”, afirmou António Lacerda Sales.

O governante acrescentou que o Ministério da Saúde vai iniciar “um projeto piloto com cerca de 1.700 pessoas na amostra para começar a fazer uma validação da metodologia dos testes serológicos”.

“Sendo testes devidamente adequados àquilo que é o objetivo e se o objetivo for começar a avaliar a imunização da população, nada temos a opor”, frisou Lacerda Sales.

Portugal contabiliza 820 mortos associados à covid-19 em 22.353 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde sobre a pandemia.

Relativamente ao dia anterior, há mais 35 mortos (+4,5%) e mais 371 casos de infeção (+1,7%).

Das pessoas infetadas, 1.095 estão hospitalizadas, das quais 204 em unidades de cuidados intensivos, e o número de doentes curados aumentou de 1.143 para 1.201.

Portugal cumpre o terceiro período de 15 dias de estado de emergência, iniciado em 19 de março, e o decreto presidencial que prolongou a medida até 02 de maio prevê a possibilidade de uma “abertura gradual, faseada ou alternada de serviços, empresas ou estabelecimentos comerciais”.

Lusa/HN

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