Governo federal dos EUA apenas ajudará estados bem geridos

28 de Abril 2020

Estados “mal administrados” não terão direito a ajuda federal para responder à crise económica causada pelo covid-19, anunciou hoje secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin

“Os estados que foram mal administrados no passado não terão direito a resgate federal”, disse Mnuchin, quando interrogado sobre a possibilidade de o Governo federal vir a ajudar o estado de Illinois, no norte do país.

O governo estadual de Illinois pediu cerca de 40 mil milhões de euros de ajuda, incluindo cerca de 10 mil milhões de euros para resolver dívidas que já existiam antes da crise económica provocada pela pandemia de covid-19.

Steven Mnuchin não descartou, pelo contrário, ajudas substanciais aos estados de Nova Iorque e de New Jersey, duas das áreas mais afetadas pela propagação do novo coronavírus.

“Já lhes enviámos dinheiro, o que lhes permitirá financiar especificamente as despesas relacionadas com o combate à pandemia”, explicou o secretário de Tesouro norte-americano.

Mnuchin disse ainda que, em todos os casos de pedidos de ajuda, será necessário um amplo consenso entre republicanos e democratas, no congresso, para conceder fundos federais.

“Os dois recentes projetos de lei (referentes aos pacotes de ajuda financeira no combate à pandemia) foram adotados com consentimento unânime”, concluiu Mnuchin, referindo ainda ser essencial um debate “saudável” sobre as futuras formas de ajuda federal à crise económica que se desenha.

O congresso dos EUA aprovou, nas últimas semanas, dois projetos de lei para concessão de um pacote financeiro de mais de 1,5 biliões de euros em ajuda ao impacto económico da crise sanitária de covid-19 e para ajuda à recuperação dos mercados.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 211 mil mortos e infetou mais de três milhões de pessoas em 193 países e territórios.

Mais de 832 mil doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

LUSA/HN

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