Berlim, 28 abr 2020 (Lusa)- A chanceler alemã, Angela Merkel, pediu hoje à comunidade internacional que crie programas de reconstrução após a crise provocada pela pandemia da covid-19 seguindo critérios ambientais e climáticos, combinando ecologia e economia.
O apelo foi feito no discurso proferido, por videoconferência, no segundo dia do Petersberg Dialogue, um congresso internacional sobre a luta contra o aquecimento global que é realizado anualmente em Berlim e cuja edição deste ano é digital.
A chanceler advertiu que as discussões sobre a distribuição e o destino de apoios para reativar a economia após a crise desencadeada pela pandemia da covid-19 começarão em breve, acrescentando que os planos devem levar em consideração critérios ecológicos.
Angela Merkel pediu para se juntar “economia e ecologia”, aproveitando a oportunidade de responder em conjunto às duas crises e defendeu que não se deve pensar exclusivamente em termos nacionais, mas também internacionais.
“O essencial é o sucesso global da preservação do clima”, considerou a chanceler, alertando para a necessidade da “contribuição de toda a comunidade internacional”.
“Os objetivos da Agenda 2030, incluindo os ambientais, só podem ser alcançados se trabalharmos de maneira consistente a nível nacional e juntos a nível internacional”, afirmou.
Merkel reiterou o compromisso da Alemanha com as metas climáticas para 2030 e 2050 e aplaudiu o plano da Comissão Europeia de tornar o bloco neutro em termos de emissões poluentes daqui a meio século.
Para a chanceler, é fundamental envolver o setor privado e aproveitar os instrumentos do mercado para contribuir para o cumprimento desses objetivos e limitar o aquecimento global.
O mercado de emissões é, na sua opinião, “o sistema mais eficiente” para limitar a libertação de gases poluentes que causam o aquecimento global.
A Agenda 2030 foi adotada em 2015 numa cimeira da ONU que reuniu os líderes mundiais para debater formas de erradicação da pobreza e desenvolvimento económico, social e ambiental à escala global até 2030.
Lusa/HN
0 Comments