Generalização de testes rápidos em estudo pelo ministério da Saúde

2 de Maio 2020

A ministra da Saúde revelou hoje estar a trabalhar com várias entidades para definir critérios de distribuição de testes rápidos de diagnóstico de infeção pelo novo coronavírus, admitindo que assumem “particular relevância” com o retomar de cuidados não-covid.

“No ministério da Saúde temos estado, em colaboração com as Administrações Regionais de Saúde, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e o Infarmed, a trabalhar nestas matérias e nos critérios para distribuição de testes rápidos [diagnóstico em cerca de 50 minutos], que no contexto de retoma de atividade assistencial não covid e da sua intensificação, são particularmente relevantes”, afirmou Marta Temido.

Na conferência de imprensa diária sobre a situação epidemiológica no país, a ministra observou que esses “testes mais rápidos” tem estado a ser disponibilizados “em função das necessidades dos hospitais” e, numa primeira fase, chegaram aos hospitais do Norte.

Marta Temido esclareceu que os testes rápidos foram distribuídos em locais que não tinham outro tipo de diagnóstico, como a Unidade de Saúde Local do Nordeste, mas também no Porto, no Hospital de São João e no Instituto Português de Oncologia (IPO).

Nestes dois casos, explicou, a realização de testes rápidos deveu-se ao facto de “a premência de obter um resultado” ser “relevante para celeridade da atividade”.

A 22 de abril o hospital de São João anunciou ter começado a fazer testes moleculares rápidos de diagnóstico à infeção por covid-19, num esquema de “disponibilidade limitada” e por prioridades definidas.

Aquela unidade de saúde esclareceu estarem em causa “cerca de 50 minutos, a acrescer ao tempo de colheita, transporte, processamento da amostra e validação do resultado”.

O hospital explicava, ainda que o teste seria usado nos doentes dos serviços de urgência (adultos, pediatria ou obstetrícia/ginecologia) que “necessitem de procedimento urgente” ou que tenham “suspeita de infeção” por covid e “critérios de internamento”.

Os rastreios “rápidos” começaram também a ser aplicados a doentes internados “em que surja a suspeita de covid-19” e se “justifique a realização de teste diagnóstico de forma a minimizar o tempo de isolamento de contacto e de gotícula” num “ambiente onde se encontram doentes sem infeção por SARS-CoV-2”.

Lusa/HN

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