Estudo clínico demonstra que o Isatuximab, um medicamento de investigação da Sanofi tem resultados positivos na progressão de doenças cancerígena mais comum do mundo. Mais de 300 doentes com mieloma múltiplo recidivante, em 16 países, participaram na investigação.

Cientistas asseguram que a utilização do Isatuximab combinado com carfilzomib e dexametasona tem apresentado “uma redução significativa no risco de progressão da doença ou morte”. John Reed, MD, Ph.D., Chefe Global de Pesquisa e Desenvolvimento da Sanofi, afirma que os resultados do medicamento assumem sinais positivos pela segunda vez, “reforçando ainda mais o potencial benefício que o nosso medicamento tem para os doentes que sofrem de mieloma múltiplo recidivante”.

O estudo clínico IKEMA de fase 3 envolveu 302 doentes em 69 centros 16 países. Todos os participantes da investigação teriam já recebido entre um a três tratamentos anti-mieloma. Durante o estudo, o Isatuximab foi aplicado através de uma perfusão intravenosa. O medicamento foi administrado uma vez por semana durante um mês na dose de 10mg/kg a todos os pacientes. Numa segunda fase, a cada  duas semanas por ciclos de 28 dias em combinação com carfilzomib duas vezes por semana na dose de 20/56mg/m2 e dexametasona na dose recomendada para a duração do tratamento.

O objectivo principal do estudo consiste em verificar se é possível através da combinação de Isatuximab, carfilzomib e dexametasona travar a progessão do cancro. O mieloma múltiplo é a segunda doença hematológica fatal mais comum, com mais de 159.000 novos diagnósticos anuais em todo o mundo. De acordo com a Globocan,  na Europa cerca de 48.000 doentes são diagnosticados todos os anos e em Portugal cerca de 1000.

A utilização do Isatuximab ainda está em fase de experimentação, não havendo ainda garantia da sua total eficácia pelas autoridades regulamentares. O medicamento também está ser investigado para o tratamento de outros tumores hematológicos e tumores sólidos.

CI/VC