500 ventiladores comprados na China, começam a chegar na próxima semana

19 de Maio 2020

O secretário de Estado da Saúde afirmou hoje que cerca de 500 ventiladores pagos em março a fornecedores chineses deverão começar a chegar na próxima semana a Portugal.

Os cerca de 500 ventiladores, que foram pagos em março pelo Estado português, mas ainda não entregues pelos fornecedores chineses, estão na Embaixada de Portugal na China e o Governo está a contratar voos para que estes possam chegar ao país, afirmou o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, na conferência de imprensa relativa ao ponto da situação da covid-19 em Portugal.

Segundo o governante, os ventiladores não vão chegar nesta semana, referindo que deverão estar em Portugal na próxima semana e na seguinte.

“Serão contratados os voos para trazer gradualmente os ventiladores, visto que é uma carga grande e tem que ser distribuída”, acrescentou.

Questionado sobre as máscaras vendidas à Direção-Geral de Saúde (DGS) com um certificado inválido ou falso, o secretário de Estado esclareceu que “não haverá nenhuma distribuição sem que seja feita uma análise prévia a toda a documentação” e “sem que estejam reunidas todas as condições de segurança”.

O diário Público revelou no domingo que três milhões de máscaras do tipo FFP2 foram vendidas à DGS com um certificado inválido ou falso por uma empresa do ex-presidente da Associação Nacional de Farmácias João Cordeiro, a Quilaban. Na segunda-feira, a empresa Quilaban assegurou que “a certificação apresentada era verdadeira e válida e continuou verdadeira e válida através de um novo certificado”.

Durante a conferência de imprensa, a diretora da DGS, Graça Freitas, escusou-se a comentar as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse estar a tomar hidroxicloroquina, medicamento para combater a malária e doenças auto-imunes como a artrite reumatóide ou o lúpus.

Sobre o assunto, Graça Freitas apenas salientou que o seu uso é acompanhado por instituições internacionais e nacionais, como o Infarmed, que “acompanha muito de perto as indicações e contraindicações e a relação risco-benefício deste medicamento, quer do ponto vista profilático ou terapêutico”.

LUSA/HN

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