O coronavírus nos media suecos: diminui concordância entre políticos e investigadores

28 de Maio 2020

O público sueco revela muita confiança nos médicos e outros profissionais de saúde que comentam a pandemia nos media. Cerca de 90% têm uma confiança “elevada” ou “muito elevada” nos profissionais de saúde, seguidos dos investigadores (82%) e funcionários do governo (68%).

A confiança do público sueco nos políticos que comentam o coronavírus nos media está a diminuir. Existe uma menor concordância entre os investigadores e os políticos sobre a gestão da pandemia na Suécia do que no mês anterior. Estas são as conclusões do último estudo realizado pela organização sueca sem fins lucrativos VA (Public & Science).

Em colaboração com investigadores do Instituto Karolinska e da Universidade de Södertörn, a VA está a realizar um estudo sobre como as pessoas percecionam e interpretam as informações veiculadas nos media sobre o coronavírus e a atual pandemia.

De acordo com as conclusões da quarta edição desta sondagem, realizada entre 11 e 17 de maio de 2020, e à semelhança das sondagens anteriores, o público sueco revela muita confiança nos médicos e noutros profissionais de saúde que comentam a pandemia nos media. Cerca de 90% têm uma confiança “elevada” ou “muito elevada” nos profissionais de saúde, seguidos dos investigadores (82%) e funcionários do governo (68%).

Contudo, esta nova sondagem evidencia uma diminuição da confiança nos políticos na ordem dos 12% (de 40% para 28%), relativamente ao estudo anterior, realizado no final de abril. A diminuição é particularmente visível nos apoiantes do Partido do Centro e entre as pessoas que vivem fora das três maiores cidades da Suécia.

Os suecos também consideram que existe menor concordância entre as opiniões de diferentes grupos profissionais relativamente à gestão da pandemia, em comparação com outra sondagem realizada no início de abril. A proporção de suecos que acredita que a concordância entre os investigadores é “grande” ou “muito grande” diminuiu 15 pontos percentuais (de 72 para 57%). O mesmo acontece relativamente ao acordo percecionado entre os políticos, que diminuiu 10 pontos percentuais (de 64 para 54%).

No geral, os suecos entendem que a concordância diminuiu ligeiramente em todos os grupos, mas uma proporção relativamente elevada continua a pensar que os médicos/profissionais de saúde e funcionários do governo concordam com a gestão da pandemia na Suécia (79 e 73%, respetivamente).

Em comparação com a sondagem anterior, a confiança nas reportagens dos media suecos sobre o coronavírus diminuiu. No entanto, algumas diferenças não são estatisticamente significativas. Observa-se um enfraquecimento da confiança nas notícias da televisão sueca (SVT) (que diminuiu oito pontos percentuais) e da TV4 (menos dez pontos percentuais).

No entanto, a confiança ainda permanece elevada em comparação com outros meios de comunicação. Três em cada quatro suecos (75%) têm uma confiança “alta” ou “muito alta” nos relatórios da SVT sobre o coronavírus e metade (51%) tem uma grande confiança na TV4. Entre as pessoas com 65 ou mais anos, a confiança é superior: 81 e 57%, respetivamente.

O grau de confiança “elevada” ou “muito elevada” também diminuiu em relação à rádio sueca (SR): 72% em comparação com 78% no mês de abril.

NR/HN/Adelaide Oliveira

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