Descoberta nova forma de tratar a insónia

1 de Junho 2020

O tratamento crono biológico tem como objetivo melhorar a amplitude do relógio biológico e utilizar a sua sensibilidade para melhorar a reação do corpo à luz, atividade física e temperatura corporal

O Distúrbio de insónia é o segundo problema de saúde mental mais comum e um fator de risco para a depressão. Terapia cognitivo/comportamental para a insónia (TCCi) é o tratamento de eleição e tem sido prestada através da internet com sucesso. Infelizmente, esta intervenção não é suficientemente eficaz para todas as pessoas que sofrem de insónia.

Um tipo de intervenção menos estudado no caso da insónia, que pode ser utilizado como suplemento se se provar eficaz, é o tratamento crono biológico. Este tipo de tratamento tem como intenção melhorar a amplitude do relógio biológico e utilizar a sua sensibilidade para melhorar a reação do corpo à luz, atividade física e temperatura corporal.

O estudo avalia os efeitos da individualidade, do vício e da interação do tratamento crono biológico, em associação com TCCi feita através da internet em 175 adultos com insónia. Os participantes não utilizavam mediação para o sono ou trabalhavam por turnos.

Os resultados mostram que a TCCi feita pela internet melhora a eficiência do sono em 6,69%. Num seguimento de cinco semanas, a eficiência do sono não foi afetada por qualquer tipo de tratamento crono biológico. Efeitos visíveis da combinação de TCCi através da internet surgiram 10 semanas depois, quando a eficiência do sono escalou para os 12.89%. O aumento foi quase o dobro em relação aos pacientes que foram tratados com TCCi online e um placebo. Para além disto, a adição do tratamento crono biológico à TCCi online resultou em benefícios passadas 10 semanas, que se traduziram num decréscimo de 23,6% da latência de sono (período até adormecer) e de 64% no acordar após o inicio do sono.

Estas conclusões sugerem que a adição de tratamento crono biológico e CCTi online traz resultados que se manifestaram nas avaliações posteriores, realizadas seis semanas depois de completas as intervenções. Estes pacientes foram capazes de manter melhorias na sua eficiência de sono em 6%, adormeciam mais facilmente nos primeiros 23 minutos, registaram uma menor vigília noturna (menos 51 minutos) e dormiam mais 32 minutos do que antes. A mais-valia de acrescentar o tratamento crono biológico à terapia parece clinicamente relevante, sobretudo pela meia hora de sono diário que parece trazer aos pacientes.

Texto original Aqui

NR/HN/João Daniel Ruas Marques

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