Num estudo publicado na City and Environment International Journal, os cientistas do Centro Global para o Ar Limpo de Surrey (GCARE), em trabalho conjunto com a Universidade de Queensland Austrália e Tecnologia, concluíram que a falta de ventilação adequada na maioria dos espaços fechados – dos locais de trabalho às residências – amenta o risco de transmissão aérea do COVID-19.
Este, como muitos vírus, tem menos de 100mn de tamanho mas está presente nas gotículas expiratórias de quem tosse ou espirra, juntamente com água, sais e outros materiais orgânicos. Especialistas da GCARE e da universidade australiana ressaltam que quando a água destas gotículas se evapora, a restante matéria microscópica torna-se leve e pequena o suficiente para ficar suspensa no ar, onde se acumula ao longo do tempo levando a um maior risco de infeção – particularmente se o ar estagna como na maioria dos ambientes fechados.
Este estudo salienta a importância de melhorar a ventilação dos edifícios como o principal caminho a percorrer para travar a transmissão aérea do COVID-19 entre portas fechadas.
O Professor Prashant Kumar, autor principal do estudo e Diretor do GCARE na Universidade de Surrey diz que, “os últimos meses em convivência com a crise do COVID-19 foram verdadeiramente sem precedentes, mas temos que tornar esta tragédia global numa oportunidade para nos prepararmos melhor para tragédias semelhantes. Uma melhoria na ventilação dos espaços fechados é um passo importante que pode ser tomado para reduzir o risco de infeção. Ainda assim, há que fazer mais para compreendermos a transmissão aérea deste e de outros vírus, para minimizarmos a sua acumulação em locais onde tipicamente se juntam muitas pessoas.
NR/HN/João Daniel Ruas Marques
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