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A diferenciação da iLoF e a comunidade de inovadores EIT Health Juntos pela saúde
Ao longo dos séculos, os cuidados de saúde sempre estiveram na linha da frente da inovação e desenvolvimento científico. A descoberta das mais variadas soluções e vacinas para maleitas, que hoje nos parecem tão frugais, como a varicela, tuberculose ou a gripe, são marcos na capacidade do Ser Humano em ir mais além no saber. Hoje, voltamos a ser colocados à prova, por via de uma pandemia da qual pouco se sabe, mas que traz à evidência a necessidade de encontrar respostas, as quais poderão ser fundamentais para a sobrevivência de muitos e qualidade de vida de todos.
Por via da perceção do papel crucial que os cuidados de saúde desempenham para a Humanidade, para a sua evolução e bem-estar, surgem as mais variadas plataformas que têm como objetivo agregar conhecimento e tecnologia. Ao criar massa crítica, mais facilmente as boas ideias têm condições para passar à prática e ganhar estatuto.
É o caso paradigmático do EIT Health. Fundada em 2015, é uma das maiores iniciativas de saúde com financiamento público, apoiada pelo Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT), um órgão da União Europeia, e composta por aproximadamente 150 parceiros. O seu papel é apostar nos melhores talentos, e, com isso, facilitar a comercialização de produtos e soluções de saúde considerados inovadores na UE. Para tal, ao longo deste período já apoiou cerca de 740 startups de toda a Europa.
Se nos quisermos restringir a Portugal, a comunidade de inovadores na área da saúde baseia-se não apenas em startups, mas também num profundo envolvimento de parceiros, atualmente, o Instituto Pedro Nunes, Universidade de Coimbra, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, GLINTT, Universidade de Lisboa e Centro Hospitalar Lisboa Norte, e centros portugueses que se encontram integrados no EIT Health Hubs em Portugal, neste caso, a Universidade do Porto e Universidade de Évora.
Sem quaisquer laivos de patriotismo, é inevitável mencionar a posição do nosso país, atualmente uma das mais entusiasmantes comunidades de inovação do EIT Health. Aliás, não por acaso, o EIS 2020, publicado no passado mês de junho, integra Portugal pela primeira vez entre os países considerados “Inovadores Fortes”, com um aumento de 21,5% após análise a 27 indicadores em 10 dimensões de inovação, e coloca-nos ao nível de países como a Alemanha, França, Irlanda ou Bélgica. E o ecossistema da Saúde não foge à regra, pelo contrário, ao ganhar um crescente espaço internacional através de soluções inovadoras. Ou não tivesse o EIT Health apoiado cerca de 30 startups nacionais desde 2017, 17 só em 2019. Entre as quais a iLoF!
Falar da iLoF é falar de uma grande história de sucesso, a qual, per si, revela desde logo a capacidade desta startup saltar etapas e obter num tão curto espaço de tempo investimento de instituições como a Microsoft ou a Mayfield; algo excecional e extraordinário, o que demonstra bem a qualidade da solução apresentada e o elevado perfil técnico da sua equipa.
A iLoF é, também, uma História de Sucesso oficial do EIT Health, um exemplo do impacto real que tem nos pacientes e nos cuidados de saúde do futuro na Europa, bem como a prova cabal da importância do EIT Health Wild Card – criado para agregar no seu seio os maiores talentos, é um programa de inovação aberta lançado em 2017, com um apoio anual de 2 milhões de euros para cada um de dois projetos que demonstrem potencial para solucionar alguns dos maiores desafios da saúde na Europa.
Assim sucedeu no ano passado com a iLoF.
Através do Wild Card foi possível juntar qualidade humana de primeira grandeza e dar-lhe os condimentos necessários para desenvolver, numa perspetiva holística, uma solução que pode manifestamente fazer a diferença. Numa sociedade onde a esperança média de vida aumentou exponencialmente nas últimas décadas, o enfoque na necessidade de mitigar as sucessivas falhas que se registam em ensaios clínicos de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer, é algo cuja relevância é por demais evidente e cuja equipa da iLoF tem levado a cabo.
É uma evidência, mas que importa reforçar. Estes programas, bem como as inúmeras startups que os constituem são cruciais para a pesquisa em saúde. O perfil destas estruturas, mais maleável, focado na resolução de um problema concreto, para o qual toda a equipa concentra os seus esforços, numa base de forte intimidade com as mais recentes evoluções digitais e tecnológicas, permite obter resultados num mais curto espaço de tempo. Cabe a todo o ecossistema da Saúde aproveitar esta oportunidade, onde talentos e investidores confluem em plataformas capazes de queimar etapas e aproximar quem tem ideias daqueles que demonstram disponibilidade financeira para apoiar.
O EIT Health é um projeto inovador, mas não pode nem deve ser caso excecional. A iLoF é uma startup cujo crescimento em apenas um ano é o extremo do positivo. Mas, mesmo que noutros casos o percurso seja mais longo, não pode ser (e não vai ser) um caso raro de sucesso. Muito menos em Portugal. Cabe ao setor identificar, integrar, desenvolver e lançar os projetos mais disruptivos. E nós estamos cá para o fazer!
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