“Recebemos uma notificação formal das autoridades chinesas da sua detenção a 14 de agosto de 2020”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros australiana, Marise Payne, em comunicado.
A ministra informou que as autoridades consulares contactaram Cheng por videoconferência em 27 de agosto e garantiram que o Governo australiano continuaria a prestar-lhe assistência.
Cheng Lei, jornalista há oito anos na estação de televisão chinesa de língua inglesa CGTN, está a ser mantida pelas autoridades chinesas numa casa vigiada em local desconhecido, uma medida que permite isolá-la do mundo exterior e sujeitá-la a interrogatório durante seis meses, segundo a estação de televisão local ABC.
A jornalista, que cobria assuntos relacionados com economia e negócios, tem dois filhos menores, atualmente a viver com a sua família na cidade de Melbourne, acrescentou a mesma fonte.
O caso de Cheng segue-se ao do escritor e académico sino-australiano Yang Hengjun, ex-funcionário de Pequim, detido em janeiro de 2019 durante uma escala na cidade chinesa de Cantão e acusado de espionagem em 23 de agosto do ano passado. Yang enfrenta entre três anos de prisão e a pena de morte se for considerado culpado.
O caso da jornalista detida por Pequim agrava as relações entre os dois países, que se deterioraram quando Camberra lançou, este ano, uma investigação sobre a pandemia de covid-19, levando a represálias comerciais por parte da China.
NR/HN/LUSA
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