Durante a operação, que começou a 26 de junho, a GNR privilegiou “uma atuação preventiva” nos principais eixos rodoviários, como autoestradas, itinerários principais, itinerários complementares e estradas nacionais, através de um “esforço para as vias mais críticas”, com o objetivo de “combater a sinistralidade rodoviária, garantir a fluidez do tráfego e apoiar todos os utentes das vias, proporcionando-lhes uma deslocação em segurança”.
Nos últimos meses, a ação da GNR incidiu sobre os comportamentos de risco e que colocam em causa a segurança rodoviária.
Os militares da GNR estiveram atentos às manobras perigosas de ultrapassagem, condução sob o efeito do álcool e substâncias psicotrópicas, condução sem habilitação legal, excesso de velocidade, uso do cinto de segurança e do telemóvel durante a condução.
O último relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) dá conta que julho foi o mês que este ano registou o maior número de mortos e de feridos graves em acidentes rodoviários, tendo as vítimas mortais aumentado quase 50% face ao mesmo mês de 2019,
Segundo a ANSR, em julho morreram 49 pessoas nas estradas portuguesas, mais 48,5% em relação ao mesmo mês de 2019, quando morreram 33, e 212 pessoas sofreram ferimentos graves, número idêntico ao ano passado.
No total e nos primeiros sete meses de 2020 registaram-se 14.217 acidentes com vítimas no continente, dos quais resultaram 216 mortos ocorridos no local do acidente ou durante o transporte até à unidade de saúde, 991 feridos graves e 16.493 feridos leves.
A ANSR indica que se verificaram, em relação ao mesmo período de 2019, menos 5.705 acidentes com vítimas (-28,6%), menos 43 vítimas mortais (-16,6%), menos 269 feridos graves (-21,3%) e menos 7.590 feridos leves (-31,5%).
“Entre janeiro e julho de 2020 verificou-se uma redução em todos os indicadores de sinistralidade, relativamente ao período homólogo de 2019, sendo que o mês de abril foi o que apresentou decréscimos mais significativos, em parte devido à situação de estado de emergência que vigorou entre 19 de março e 02 de maio, impondo fortes medidas de confinamento com a consequente redução de tráfego”, frisa o relatório.
Portugal esteve em estado de emergência devido à pandemia de covid-19 entre março e abril.
LUSA/HN
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