Alberto Colombo explicou que o plano da LPFP, que já foi apresentado ao Governo, defende que seja experimentado o regresso dos adeptos, partindo de um número reduzido, nunca mais de 10% da capacidade dos recintos, para, depois, aumentar de forma gradual.
Este crescimento também seria acompanhado da abertura gradual dos vários setores dos estádios, assegurando o distanciamento de segurança aconselhado na prevenção à infeção pelo novo coronavírus.
“A LPFP tem trabalhado num plano para organizar de forma faseada o regresso dos adeptos aos estádios. É fundamental que tenha a oportunidade de testar, de modo a que tudo esteja preparado para um momento em que a pandemia permita o regresso dos adeptos”, afirmou.
Depois de concluída a edição 2019/20 da I Liga sem público, e na véspera de iniciar a nova época, o plano da LPFP, ainda segundo Colombo, prevê também a forma de circulação dos adeptos nos estádios, o modelo de entradas e saídas, para evitar ajuntamentos, e o funcionamento dos transportes públicos em dias de jogo.
“Há países em que já foi permitido o regresso dos adeptos, de forma condicionada. Existem outros em que os jogos ainda decorrem à porta fechada, mas já estão a efetuar testes. É muito importante testar o regresso dos adeptos em segurança”, frisou, apontando Inglaterra e Itália como exemplos, assim como a Supertaça Europeia, em Budapeste.
Depois de elogiar o esforço na conclusão da última temporada, em Portugal e em grande parte da Europa, o secretário-geral adjunto da European Leagues reconheceu que a evolução da pandemia vai ser determinante nas decisões futuras.
Por isso, Colombo advertiu para a necessidade de os planos de retoma serem “flexíveis”, para se adaptarem à evolução da pandemia de Covid-19.
Na segunda-feira, o presidente da LPFP, Pedro Proença, e o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, afirmaram que os jogos da I Liga vão continuar à porta fechada até outubro, pelo menos.
A pandemia de Covid-19 já provocou pelo menos 936.095 mortos e mais de 29,6 milhões de casos de infeção em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 1.878 pessoas dos 65.626 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
LUSA/HN
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