Dia Mundial do Sonho serve de mote a campanha pró tratamentos de infertilidade

22 de Setembro 2020

A infertilidade, definida como a incapacidade de um casal conceber ou levar a bom termo uma gravidez, depois de, pelo menos, um ano de relacionamento sexual regular sem qualquer proteção, é, em alguns casos contornável

A infertilidade, definida como a incapacidade de um casal conceber ou levar a bom termo uma gravidez, depois de, pelo menos, um ano de relacionamento sexual regular sem qualquer proteção, é, em alguns casos contornável. Por isso mesmo, a Associação Portuguesa de Fertilidade (APFertilidade) e Sociedade Portuguesa de Medicina de Reprodução (SPMR) , com o apoio da Merck,  decidiram aproveitar o Dia Mundial do Sonho, assinalado a 25 de setembro, para encorajar os casais portugueses a não deixarem de sonhar com a parentalidade.

Nesse sentido foi lançada uma campanha que, de acordo com Pedro Xavier, Presidente da SPMR, pretende “deixar uma palavra de confiança às pessoas que estão a lidar com este processo e, sobretudo, àquelas que acabaram de descobrir que têm este caminho pela frente, dizendo-lhes que é possível e que o importante é que procurem o devido acompanhamento. Queremos igualmente reforçar que, mesmo nos tempos atuais, consideramos ser seguro continuar a apoiar os casais neste percurso.”

Entre as opções estão várias intervenções possíveis. “Após uma avaliação numa primeira consulta de infertilidade, é aconselhado ao casal o tratamento mais adequado à sua situação clínica, que pode passar pela indução da ovulação, a inseminação artificial intrauterina (IIU), a fertilização in vitro (FIV), a microinjeção intracitoplasmática de espermatozoide ou a transferência de embriões criopreservados”, explica Pedro Xavier.

Ainda assim, impõe-se a questão do sucesso da intervenção, “no caso da IIU, as taxas de sucesso rondam os 10 a 12% por tentativa, podendo chegar a 20% se forem utilizados espermatozoides doados. Já no caso da FIV, a taxa de sucesso depende muito da idade da mulher, mas no geral ronda os 30% por tentativa”.

A pandemia veio trazer a muitos casais a incerteza de procurar esta ajuda. Neste sentido, o Presidente da SPMR garante que “é seguro começar ou continuar os tratamentos. Nesta altura, todos os serviços de saúde dispõem de medidas de segurança para prevenir o contágio. Além disso, continuamos a não ter evidências de quaisquer efeitos negativos da infeção COVID-19 na gravidez. É certo que têm surgido alguns casos de mulheres que testaram positivo, mas a grande maioria deu à luz crianças saudáveis, sem qualquer sinal da doença”.

“O sonho de ter filhos é um ato de coragem e, felizmente, a medicina já evolui muito no sentido de torná-lo real. Não é um caminho fácil, é importante que os casais tenham não só uma equipa médica multidisciplinar a acompanhá-los, mas é também importante ter uma rede de suporte entre os familiares e amigos, que devem respeitar este sonho”, conclui Cláudia Vieira, Presidente da APFertilidade.

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