“Fruto das medidas adotadas e um pouco efeito da pandemia, durante o segundo trimestre, será possível este ano registar o mais baixo número de acidentes mortais, feridos graves, desde que existem registos estruturados”, afirmou num encontro em Lisboa para comemorar 40 anos do Fundo de Garantia Automóvel, que assiste e indemniza vítimas de acidentes em que se desconhece o culpado ou não tem seguro válido.
“Esta é uma dimensão positiva da evolução do país nesta altura”, afirmou o ministro, criticando de seguida o facto de esta redução não ser acompanhada também de uma diminuição no número de condutores sem seguro válido que são detetados pelas autoridades e que, entre 2010 e 2019, cresceram 200%.
Eduardo Cabrita enalteceu a redução de sinistralidade rodoviária em Portugal, lembrando que em 2010 se registaram mil mortos nas estradas, número que “nos últimos anos” baixou para 500 vítimas mortais.
“É 25% do que tínhamos há 20 anos e metade do que tínhamos há 10 anos atrás”, adiantou, lembrando que o melhor ano de sempre, em termos de sinistralidade nas estradas, foi o de 2016.
Segundo o último relatório da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), divulgado no último dia de agosto, nos primeiros sete meses deste ano, houve menos 5.705 acidentes do que no mesmo período de 2019.
Abril foi o mês com decréscimos mais significativos, segundo o mesmo relatório, por causa da pandemia da doença covid-19, que levou ao confinamento, reduzindo o tráfego e a sinistralidade nas estradas.
LUSA/HN
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