Portugueses entre os mais pessimistas da UE sobre recuperação económica

23 de Outubro 2020

Portugal é o segundo país da União Europeia mais pessimista relativamente à recuperação da economia nacional, com 53% dos inquiridos a considerarem que a economia só recuperará em “2023 ou depois”, revela o Eurobarómetro hoje publicado pela Comissão Europeia.

Portugal é apenas ultrapassado por Espanha, onde são cerca de 55% dos inquiridos a estimarem que a economia só recuperará nesse mesmo período.

Os portugueses estão também entre os que pior qualificam a atual situação económica nacional, com 87% a caracterizarem-na de “má”, um crescimento de 33% relativamente ao Eurobarómetro publicado no outono de 2019, e uma percentagem apenas ultrapassada pela Grécia (91%), Itália (89%) e Espanha (88%).

A tendência é comum ao conjunto dos Estados-membros da UE, onde 35% dos inquiridos consideram que a situação económica é a “questão mais urgente que a UE enfrenta”, seguida pelo estado das finanças públicas nacionais (23%) e a imigração (também com 23%).

Desde a primavera de 2014 que a preocupação com a situação económica na UE não atingia valores tão elevados.

Em Portugal, os inquiridos consideram, no entanto, que a saúde é a “maior preocupação a nível nacional” (56%), seguida da situação económica (52%) e do desemprego (40%), em sintonia com o que consideram também ser o “mais importantes para a UE atualmente”, com a saúde (45%) a ser seguida pela situação económica (38%) e o estado das finanças públicas nacionais (34%).

Já relativamente à opinião pública da UE, Portugal é o país com a segunda melhor imagem das instituições europeias, depois da Irlanda, com 55% dos inquiridos a referirem que têm uma “imagem positiva da UE” e 80% a afirmarem que se sentem “cidadãos europeus”.

58% dos portugueses revelam-se também “satisfeitos” com as medidas adotadas pela UE para combater a pandemia de covid-19 e 61% dizem estar “otimistas” relativamente ao futuro da UE.

O Eurobarómetro hoje publicado foi realizado este verão, entre 09 de julho e 26 de agosto, tendo sido feito, excecionalmente, através de entrevistas online.

LUSA/HN

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